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Raro Monza conversível é paixão de fã do Chevrolet
Carro do leitor

Raro Monza conversível é paixão de fã do Chevrolet

Modelo 1984 recebeu tratamento da preparadora Sulam, que fez muito sucesso nos anos 80

05 de fev, 2017 · 6 minutos de leitura.

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 Raro Monza conversível é paixão de fã do Chevrolet
Leitor comprou o carro com apenas 39 mil km rodados

O economista Delfim Júnior é tão fã do Monza que já teve oito. Sua mais recente aquisição é também a mais rara que passou por suas mãos: um sedã de 1984 transformado em conversível pela Sulam, preparadora paulista que fez sucesso nos anos 80 com suas adaptações do Chevrolet e do Ford Escort.

A paixão do economista pelo Monza surgiu de forma inesperada. “Até 1995, eu só queria saber do Opala. Quando resolvi vender meu último exemplar, acabei trocando por um Monza SL/E pensando que seria mais fácil revendê-lo”, conta. “Mas gostei tanto dele que entrei na linha Monza e não saí mais.”

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Desde então, Júnior já teve exemplares das versões SL/E, Classic, S/R e GLS. O conversível, porém, sempre foi uma lacuna em seu currículo, até por ser difícil de achar. “Eu só havia visto um Sulam original à venda no Uruguai, por US$ 15 mil (cerca de R$ 47 mil), mas seria caro e trabalhoso importá-lo.”

A sorte do economista mudou em janeiro de 2016, quando ele finalmente encontrou um conversível ao seu alcance, oferecido por R$ 28 mil. O carro ainda estava com o primeiro dono, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, e havia rodado apenas 39 mil km.

“Quando fui ver o Monza pessoalmente, percebi que ele estava até melhor do que eu esperava. Um carro ‘de garagem’, que sempre foi guardado com capa, com óleos e correias em dia”, ele conta. “O único reparo que precisei fazer foi na máquina do vidro elétrico da porta do lado do passageiro.”


Comedido. Júnior prefere rodar pouco com o Chevrolet, para poupá-lo. Às vezes, ele liga o motor 1.8 a álcool sem sair da garagem. “Fico com dó. Eu usava meu Monza S/R com frequência, e ele ficou com a pintura e o tecido dos bancos queimados por causa do sol”, afirma.

Nos dias em que há reunião dos membros do Clube do Monza, porém, Júnior faz questão de tirar o conversível da garagem. Abaixa a capota e aciona o acessório que garimpou para deixar o carro ainda mais no clima anos 80: um toca-fitas Bosch, modelo Rio de Janeiro. “Saio por aí ouvindo meus cassetes daquele tempo”, diz.

O economista fez questão de coroar seu Monza com as placas pretas. A Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA) exigiu muitos documentos para comprovar que a transformação em conversível havia sido feita na época. “Tenho até a nota fiscal do serviço, em nome do proprietário anterior, que comprou o carro novo e o enviou à Sulam”, afirma.


Como bom fã, Júnior é só elogios para o Monza. “É um carro macio, silencioso e com uma suspensão que aguenta bem os buracos”, enumera. “A vedação da capota não é perfeita e um pouco de água também entra pelo quebra-vento, mas eu já evito rodar com ele na chuva de qualquer maneira mesmo.”

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.