Mesmo depois que a fabricante japonesa Takata começou um extenso recall para eliminar os defeitos de seus air bags, que equipam automóveis de diversas marcas pelo mundo, os consumidores ainda correm o risco de sofrer acidentes. Na semana passada, veio à tona mais um episódio, ocorrido no último dia 3 de março em Las Vegas, nos Estados Unidos. A condutora de um Honda Accord teve a traqueia perfurada após ser atingida por estilhaços de um air bag da Takata, que explodiu.
As investigações feitas pela Honda mostraram que as bolsas infláveis do veículo já haviam passado duas vezes por reparos, em fevereiro de 2012 e janeiro de 2015, ambas dentro da rede autorizada. Alguns meses após a segunda intervenção, o veículo teve perda total, foi recuperado e acabou sendo vendido para o consumidor que sofreu o acidente.
Durante o processo de recuperação, o sedã recebeu um módulo de air bags modelo Alpha, retirado de um Accord ano 2001 e que estava na primeira leva de peças defeituosas, responsável por 80% das mortes envolvendo os air bags da Takata. A Honda declarou que o componente foi comprado em um desmanche, prática que ela desaconselha e é passível de punição por lei federal.
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De acordo com reportagem do jornal Los Angeles Times, a família da vítima, uma jovem de 18 anos, havia comprado o carro havia um ano e desconhecia o histórico do veículo.
O defeito de fabricação do airbag Takata faz com que suas bolsas, ao deflagrarem, liberem fragmentos metálicos que são potencialmente letais. Pelo menos 10 pessoas já morreram e 180 ficaram feridas apenas nos Estados Unidos, o que levou ao maior recall da história automotiva norte-americana – com aproximadamente 70 milhões de substituições de air bags em 42 milhões de veículos.
