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Defenda-se: Motor de Celta de leitor explode e GM nega reparo
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Defenda-se: Motor de Celta de leitor explode e GM nega reparo

Veja este e outros casos da coluna semanal Defenda-se

Redação

26 de abr, 2017 · 7 minutos de leitura.

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Crédito:Foto: Chevrolet

CHEVROLET CELTA
Explosão súbita de pistão do motor
Eu trafegava pela Rodovia dos Imigrantes a 110 km/h com meu Celta, comprado novo dois anos e sete meses antes, quando um dos pistões do motor explodiu. Na concessionária, depois de uma análise superficial, alegaram que houve calço hidráulico, pois eu teria passado com o carro por alguma poça ou trecho alagado, o que eu nego. Com essa alegação de mau uso, estão tentando me culpar por um defeito do carro. O pior é que não consigo encontrar uma empresa que faça uma nova avaliação do veículo para constatar o que realmente aconteceu. Segui o plano de manutenção obrigatória até os 20 mil km e depois disso, diante dos altos preços praticados nas concessionárias, passei a fazer as revisões fora da rede autorizada.
Marisa Pedroso, SÃO BERNARDO DO CAMPO (SP)

Chevrolet responde: os esclarecimentos cabíveis foram transmitidos à leitora.
A leitora diz que a montadora manteve a posição e reitera que o carro não teve qualquer contato com poças d’água.

Advogado: alegações vagas e sem comprovação não afastam da empresa o dever de oferecer reparos sem ônus ao consumidor. Cabe à montadora fornecer provas concretas de que houve mau uso ou de que o componente afetado já estava no fim de sua vida útil quando ocorreu a pane.

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FORD CAOA
Dificuldade para adquirir peças
Estou há mais de 40 dias tentando comprar um par de bicos do lavador de para-brisa, conhecidos popularmente como “brucutus”, para meu carro. Toda vez que vou à autorizada Ford Caoa, dizem que “a peça está para chegar”. Sou bem atendido, mas hoje perdi a paciência quando me informaram que o componente está no almoxarifado da fábrica, mas não há previsão para a entrega. Peço ajuda de vocês, pois não sei mais o que fazer.
Milton Levy Jorge, CAPITAL

Ford responde: o caso foi solucionado com o cliente.
O leitor diz que teve de comprar a peça no mercado paralelo, pois não recebeu nenhum tipo de retorno sobre o caso, tanto da concessionária quanto da montadora.

Advogado: a montadora é obrigada por lei a manter peças à disposição dos consumidores no mercado. Quando deixa de cumprir com seu dever, deve reparar os prejuízos causados aos clientes. Se o leitor teve de desembolsar valor maior que o praticado na rede autorizada pelo componente, essa diferença deve ser reembolsada pela fabricante. Vale lembrar, ainda, que a eventual falta de peças não exime a empresa de providenciar os reparos necessários dentro do prazo de 30 dias.


VW UP!
Forte ruído ao esterçar o volante
Meu Up! TSI tem nove meses de uso e 27 mil km rodados. Desde os 10 mil km, o volante produz um forte ruído ao ser esterçado. Reclamei várias vezes sobre o problema e já foram feitas três tentativas de reparo, inclusive com a troca da caixa de direção, mas o barulho persiste. Além disso, agora a luz-espia de avaria no sistema de air bag fica acesa e a buzina parou de funcionar. Contatei a Volkswagen por e-mail, carta e reclamação do Procon, pedindo um carro novo idêntico ao meu. Prometeram responder em até um mês, mas o prazo venceu e não me deram nenhuma satisfação.
Daniel de Souza Simões, CAMPINAS (SP)

VW responde: após reparos, o ruído foi eliminado e o veículo encontra-se em condições normais de uso.
O leitor nega a informação da montadora e diz que os três problemas mencionados na queixa persistem. Como a reclamação no Procon não surtiu o efeito esperado, ele vai entrar com ação judicial contra a VW para obter a troca do veículo.

Advogado:durante a garantia, a montadora tem a obrigação de providenciar o reparo definitivo do produto defeituoso em até 30 dias. Vencido esse prazo, o consumidor passa a ter direito de exigir a troca do veículo. A pretensão ganha mais força quando o defeito persiste mesmo após diversas idas à autorizada, como no caso concreto. Se o consumidor não quiser acionar a Justiça para exercer seu direito, pode providenciar o reparo por conta própria e cobrar da empresa o ressarcimento dessa despesa.


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