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Novo Audi S5 é bonito e anda bem
Avaliação

Novo Audi S5 é bonito e anda bem

Versão esportiva do cupê Audi ganha motor V6 de 360 cv e chega ao País no fim do ano

Tião Oliveira

09 de mai, 2017 · 7 minutos de leitura.

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Crédito:Foto: Audi

Ótimo equilíbrio entre estilo e força. Assim pode ser resumida a segunda geração do S5, versão ligeiramente apimentada do A5, que deve chegar ao Brasil no último trimestre deste ano. Fomos à Alemanha guiar o cupê de quatro portas da Audi, que ficou maior e teve o visual atualizado. Mas o maior destaque do carro é o novo motor 3.0 V6 turbo de 360 cv e 51 mkgf.

A sutileza do desenho da carroceria da primeira geração deu lugar aos traços bastante evidentes, com vincos pronunciados. O capô ficou mais baixo e “agressivo”, por causa das novas “nervuras”, e as laterais têm linhas mais retas. O para-choque foi redesenhado e grade “tridimensional”, está mais larga.

O espaço interno aumentou 1,7 cm no comprimento e 1,1 cm na largura. No banco traseiro, a área para joelhos também cresceu 2,4 cm. Além disso, agora há o painel de instrumentos virtual (virtual cockpit), igual ao do Q7, A4 e TT, por exemplo.

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Trata-se de uma tela de 12,3 polegadas personalizável. O motorista escolhe quais informações serão exibidas . Há também o head-up display, que projeta dados como velocidade em tempo real e indicações do sistema de navegação GPS no para-brisa.

O sistema multimídia tem espelhamento de smartphones para as plataformas iOS e Android. Outra ótima solução é o sistema de recarga da bateria do celular por indução (sem fio) e, na Europa, o Audi tem conexão com internet de quarta geração (4G LTE).

Graças às atualizações, embora tenha crescido, a carroceria do S5 ficou 15 quilos mais leve que a do modelo anterior. No total, o Audi “emagreceu” 85 quilos e agora pesa 1.470 kg.


O câmbio automático de oito velocidades é silencioso, faz as trocas de forma suave e não falha na hora de “escolher” a melhor marcha conforme a situação. Ainda assim, fica devendo à bem resolvida transmissão automatizada de sete velocidades do primeiro S5.

Para quem gosta de uma tocada mais esportiva, a opção de trocas manuais nas borboletas atrás do volante podem reduzir a sensação de retrocesso entre as duas gerações do Audi. O fato é que a nova caixa é mais adequada às tecnologias de direção semi-autônomas, que estão sendo incorporadas a todos carros do segmento na Europa.

De modo geral, o novo S5 é um carro dócil e fácil de dirigir e dispõe de boa oferta de potência e torque em qualquer regime de rotação – a força máxima é entregue a partir das 1.370 rpm. Mas essa versão, intermediária entre o A5 “normal” e a “nervosa” RS5, é mais gostoso de acelerar em autoestradas com longas retas, como as Autobahns alemãs, que em vias sinuosas.


Não que o S5 seja ruim de curva, longe disso.  Até porque nesta segunda geração a distância entre os eixos cresceu (para 2,82 metros) e os balanços dianteiro e traseiro diminuíram. Além disso, a suspensão agora é do tipo five-link (cinco braços) na frente e atrás ­– no antigo S5 na traseira o sistema era rapezoidal.

Trocando tudo em miúdos, o novo Audi S5 ataca as curvas sem medo e, graças também aos vários controles eletrônicos, como os de tração e estabilidade, passa sensação de total segurança ao motorista, mesmo quando se abusa um pouco da velocidade. Ou seja: se falta alguma pimenta nas respostas, sobra conforto em longas viagens.

A bordo do S5, foi possível percorrer os quase 400 km que separam Munique, na Alemanha, de Praga, na República Checa, em pouco mais de três horas. E sem sentir qualquer desconforto ou cansaço – graças também aos bancos com desenho anatômico.


Viagem feita a convite da Audi

Audi S5
Motor: 3.0 V6, 24V, turbo, gasolina
Potência (cv): 360 a 5.400 rpm
Torque (mkgf): 51 a 1.370 rpm
Câmbio: automático, 8 marchas
Aceleração de 0 a 100 km/h: 4,7 segundos
Velocidade máxima: 250 km/h
Comprimento: 4,73 metros
Largura: 1,84 metro
Distância entre-eixos: 2,82 metros
País de origem: Alemanha

Prós
Motor
Novo 3.0 V6 oferece potência e torque de sobra em qualquer situação e está sempre pronto para responder aos comandos do acelerador.


Contras
Câmbio
Embora não seja ruim, caixa automática de oito marchas fica aquém da automatizada de sete velocidades do modelo anterior.

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