O grupo de conselheiros da Daimler aprovou, com o objetivo de diminuir as emissões de veículos a diesel, um recall de três milhões de unidades no continente europeu. A decisão ocorreu após autoridades alemãs terem convocado executivos da Mercedes-Benz para responderem algumas perguntas quanto ao nível de poluentes gerados pelos carros da companhia.
Em comunicado, a Daimler afirmou que "a empresa está investindo cerca de 220 milhões de euros para realizar as atualizações necessárias. Os serviços não envolvem nenhum custo para os proprietários" e que as primeiras campanhas deverão começar nas próximas semanas.
A Daimler também informou que o motor a diesel de quatro cilindros OM 654, usado no novo Classe E, passará a fazer parte do portfólio de todos os modelos. No mês de maio, 23 promotores e 230 autoridades fizeram buscas em fábricas da Daimler na Alemanha por conta de alegações de que a empresa fazia falsa promoção e estaria manipulando os sistemas de tratamento de gases expelidos em carros movidos a diesel.
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A movimentação por parte da Daimler, que é a controladora da Mercedes-Benz, faz parte do reflexo do Dieselgate - nome dado a crise que atingiu a Volkswagen após a descoberta de mais de 10 milhões de carros do grupo que continham um dispositivo usado para enganar os testes de emissões de poluentes nos motores a diesel. Além da Mercedes, BMW, Renault, FCA também foram escrutinadas ao redor do mundo por suspeitas de emissões fora do padrão.
