Você está lendo...
Sistema antiesmagamento de vidros elétricos salva vidas
Legislação

Sistema antiesmagamento de vidros elétricos salva vidas

Dispositivo antiesmagamento em vidros elétricos é obrigatório por lei, e evita acidentes graves

Igor Macário

13 de set, 2017 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

Vidro elétrico de carro antiesmagamento
Crédito:Sistema deve interromper movimento do vidro caso encontre obstáculo no caminho. Foto: Shaun Heasley/Reuters

O conhecido sistema de “um toque” para abertura e fechamento dos vidros elétricos é um adianto e tanto a bordo do carro. Mas seu movimento automático pode representar risco para crianças, animais pequenos e até mesmo adultos menos atentos.

Por isso, os dispositivos de subida automática têm uma função que interrompe o movimento quando o vidro encontra um obstáculo no caminho, fazendo-o retroceder alguns centímetros.

O recurso pode servir para vários fins, como evitar um dedo machucado ou até mesmo que uma criança se enforque, caso coloque a cabeça para fora durante o fechamento da janela.

Publicidade


O sistema é obrigatório no Brasil desde o início deste ano. Todos os carros com vidros, teto solar ou divisória interna com fechamento por um toque devem vir com o recurso.

A resolução nº 468 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determina que o vidro deve parar de subir antes que faça uma força superior a 100 Newtons no obstáculo que encontrar.

Desta forma, o vidro poderá fazer no máximo um “beliscão” em desavisados, mas não pode sequer ferir a pele do usuário.


No texto da resolução do Contran também está claro que o sistema antiesmagamento deve abrir a janela em pelo menos 20 centímetros, de modo a permitir a colocação de dispositivo de resgate caso algum ocupante fique preso no carro. O vidro também pode retornar ao ponto onde a subida automática começou ou se abrir por inteiro automaticamente, caso encontre um obstáculo no caminho.

Para o teto solar, o sistema abrirá o vidro sempre por inteiro, para evitar risco de lesões e possibilitar a retirada da pessoa (ou animal) do vão do teto.

Outra exigência do Contran é que os botões de acionamento dos vidros sejam do tipo “puxe e empurre” (foto).


O formato impede que o movimento de subida do vidro seja acionado de forma acidental, como no caso de um esbarrão, ou se uma criança pequena se ajoelhar ou pisar no comando. A pressão para baixo fará sempre a janela se abrir e nunca se fechar inadvertidamente.

Também é exigido um botão junto aos comandos dos vidros do motorista que interrompa o funcionamento dos comandos traseiros. A medida serve para que o motorista tenha algum controle sobre os botões que estejam fora de seu alcance físico e impeça seu acionamento.

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.