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Dono de um Fiat 147 Top, leitor sempre teve fascínio pelo modelo
Carro do leitor

Dono de um Fiat 147 Top, leitor sempre teve fascínio pelo modelo

Aos 10 anos de idade, o agente de viagens Marcelo Paolillo se encantou com o Fiat 147 Top, lançado em 1982, e não sossegou até conseguir comprar o seu.

Thiago Lasco

17 de set, 2017 · 5 minutos de leitura.

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Fiat 147 Top
Crédito:Fiat 147 Top era a versão luxuosa do primeiro modelo da marca a ser produzido no País. Foto: Werther Santana/Estadão

Top. Topíssimo, na gíria de hoje. Recheado de equipamentos, com painel assinado pelo estúdio italiano Bertone e apenas 252 unidades produzidas, o hatch que o agente de viagens Marcelo Paolillo dirige é diferenciado. Trata-se de um exemplar de 1982 da versão mais luxuosa do Fiat 147, que atende pelo sobrenome de... Top.

O fascínio pelo modelo 147 acompanhou o agente de viagens desde cedo. Quando a Fiat lançou a versão Top, em 1982, Paolillo tinha 10 anos de idade e correu até a concessionária para ver a novidade. “Tinha limpador do vidro traseiro e banco bipartido”, ele lembra. “Para mim, aquele carro era como uma espaçonave!”

Oito anos depois, ao atingir a maioridade, diante da chance de escolher um usado para ganhar de presente do pai, ele não teve dúvidas: optou por um exemplar do carrinho.

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“Foi um 147 L de 1978, primeiro carro e primeira paixão. Com ele, fui para a faculdade e tive minhas namoradinhas”, conta.

Já adulto e com a família formada, Paolillo saiu à caça de um 147 Top, como o que havia marcado sua infância. Em 2010, ele encontrou um exemplar abandonado na rua, em péssimo estado, e, após comprá-lo, passou três anos empenhado em restaurá-lo. Refez funilaria e pintura, mas acabou vencido pelo cansaço e passou-o adiante.

“Ainda faltavam motor, parte elétrica e interior e perdi a paciência. Depois, fiquei muito frustrado por ter sucumbido. O comprador terminou o carro em apenas seis meses. Fui muito mole”, culpa-se.


A partir de 2015, Paolillo iniciou um longo namoro com o 147 Top das fotos desta página. O carro pertencia a um colecionador, com quem ele sempre se encontrava em eventos de antigos, e não estava à venda. Foi quase um ano de assédio e negociação até o agente de viagens finalmente botar as mãos no Fiat cobiçado.

Tanta persistência se justifica. “O carro é justamente da cor que eu havia visto na concessionária. E estava perfeito, não tive de fazer nada nele”, conta.

Clássico. Colocar o Fiat para rodar é um prazer do qual Paolillo não se furta. “Carro parado não conta história”, teoriza. “Ele é confortável e tem um acabamento monocromático requintado. Não tem a esportividade da versão Rallye, mas responde bem. É um clássico entre os 147”, derrete-se o dono.


Para o próximo ano, está nos planos do agente de viagens ir até Minas Gerais com o hatch. Recentemente, ele dirigiu até Curitiba, mas preferiu usar outro Fiat antigo para o passeio: um Oggi CS de 1984.

“O carro fez uma média de 14,8 km/l de gasolina na estrada, foi sensacional. Só não escolhi o 147 porque o câmbio dele tem apenas quatro velocidades e cansa em viagens longas. Com a quinta marcha, a tocada do sedã é bem diferente.”

Enquanto a escapada mineira não acontece, o hatch se aventura como figurante de cinema. Em sua primeira investida, ele escapou por pouco de perder o pedigree. “A produtora queria arrancar os adesivos do capô dele. Bati o pé e insisti que são parte original do carro. Por fim, acabaram fazendo uma ‘maquiagem’ com água e pó de café para que eles não aparecessem tanto no filme”, conta.


Já nas ruas, o 147 Top aparece sem a menor cerimônia e recebe o carinho da torcida. “Enquanto o Alfa Romeo era carro só de patrões e grandes famílias, o 147 muita gente teve”, explica Paolillo. “Bem... é claro que não o 147 Top, né?”

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