Uma das empresas mais populares no ramo de transporte privado, a Uber teve sua licença suspensa em Londres por um órgão do governo local – o Transport for London. A medida passa a valer a partir de outubro, e a empresa tem 21 dias para recorrer da decisão. Há 40 mil motoristas cadastrados no aplicativo no Reino Unido e 3,5 milhões de londrinos que dizem utilizar o serviço.
“A regulamentação da TfL sobre os comércios de táxis e contratações de Londres é projetada para garantir a segurança dos passageiros”, informa o comunicado da Transport for London na manhã desta sexta-feira (22). “Os operadores de contratações privadas devem cumprir regulamentos rigorosos e demonstrar à TfL que eles o fazem para operar. A TfL também deve ter a garantia de que um operador é adequado para possuir uma licença. A TfL concluiu que a Uber London Limited não está apta para possuir uma licença de operador privado”.
O informe ainda considera que a Uber demonstra “uma falta de responsabilidade corporativa” em relação a potenciais problemas de segurança pública e segurança. A empresa respondeu dizendo que a decisão “privaria Londres de uma forma de transporte conveniente e acessível”.
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Em publicação no Facebook, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse apoiar “totalmente a decisão da TfL”. Para ele, havendo o risco de o serviço representar alguma ameaça à segurança dos londrinos, seria errado se a Transport for London continuasse a licenciar a empresa.
“Todas as empresas em Londres devem seguir as regras e aderir aos altos padrões que esperamos – particularmente quando se trata da segurança dos clientes”, afirmou o prefeito na rede social.
A empresa tem gerado polêmica em Londres e no mundo nos últimos anos. Os taxistas de Londres, especialmente, argumentam que os passageiros não estão tão seguros nos veículos da Uber, citando relatório sobre casos de assédio sexual. Os próprios motoristas da Uber já se queixaram de longas horas de trabalho e de baixos salários.