Camaro de 1967 é exemplo da era do ouro dos muscle cars

Quando o empresário Charles Richardi leva seu musculoso para passear, logo surge alguém com uma mão boba, tentando tirar uma casquinha. É o que basta para deixá-lo zangado – e essa cena ocorre com bastante frequência. Não é para menos: o alvo do assédio é um belíssimo Chevrolet Camaro SS 1967.

“As pessoas não sabem ver só com os olhos e acham que precisam encostar”, reclama o empresário. “A gente acaba de fazer um polimento na carroceria, e já vem alguém botando a mão. Trabalho com estética automotiva e tenho um cuidado danado com os meus carros.”

O muscle car norte-americano sempre foi o sonho de consumo de Richardi, mas ele nunca chegou a correr atrás do seu objeto de desejo. “Eu achava que encontrar um exemplar em bom estado de conservação seria caro e complicado.”

Não foi necessário fazer nenhum esforço, já que foi o Camaro que encontrou o empresário. “Um conhecido meu trouxe o esportivo dos Estados Unidos em 2010. No mês passado, ele resolveu vender o carro, me ofereceu e acabamos fechando negócio”, conta Richardi.

Um negócio irresistível, diga-se de passagem. O Chevrolet havia sido completamente restaurado pelo antigo dono e estava tinindo. O empresário teve apenas de fazer alguns ajustes nos freios e na suspensão antes de se esbaldar com a aquisição.

“Dirigi-lo é maravilhoso. Você acelera e ele responde na hora. O motor V8 tem um ronco bem bacana. Quero levá-lo para a pista. Ainda não pude apertar o acelerador até o fim.”

Ao longo dos últimos dez anos, Richardi comprou vários antigos para restaurar e revender. Com o Camaro, porém, a história deverá ser diferente. “Este carro vai ficar comigo. Meus filhos ficam loucos com ele. O caçula, de 9 anos, já diz que o Camaro será dele.”

Por enquanto, os passeios são feitos sem muito alarde. Mas, em breve, o Camaro irá brilhar ao lado de seus semelhantes. “Quero levá-lo ao Muscle Tour, um passeio trimestral que reúne apenas muscle cars.”

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