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Câmara aumenta pena para homicídio por embriaguez ao volante
Legislação

Câmara aumenta pena para homicídio por embriaguez ao volante

Condutor alcoolizado acusado do crime poderá pegar até oito anos de detenção

Redação

07 de dez, 2017 · 3 minutos de leitura.

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FOTOSMARTINS/SIGMAPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Crédito:

A partir de agora, um motorista alcoolizado acusado de homicídio poderá ser preso preventivamente e terá pena de cinco a oito anos de detenção. Foi aprovado pela Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (6), o projeto 5.568/2013, que altera artigos do Código Nacional de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/97), modificando o entendimento sobre casos de embriaguez ao volante que provocam mortes. Para o novo texto passar a valer, falta apenas a sanção do presidente Michel Temer.

Com a mudança, se for comprovada a intenção do crime, o condutor irá a júri popular. Para os casos de homicídio culposo - quando não há a intenção de matar -, o tempo máximo de detenção será de oito anos. Antes, a lei previa prisão de dois a quatro anos e permitia responder pelo crime em liberdade.

O novo texto diz também que a pena pode crescer nos casos de homicídio culposo se o condutor "não possuir permissão para dirigir, praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada e deixar de prestar socorro".

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De autoria da deputada Keiko Ota (PSB-SP), o projeto surgiu a partir de uma proposta original de autoria popular, que ficou conhecida como "Não foi acidente" e teve mais de um milhão de assinaturas.

O Movimento Não Foi Acidente apresentou o texto há cinco anos. Depois de sofrer alterações, o projeto foi retomado com a redação original. Nilton Gurman, um dos idealizadores da proposta, afirmou que "quatro anos de prisão é muito pouco para quem tira a vida de outra pessoa".

A deputada federal Christiane Yared (PR-PR), que lutou para que o projeto fosse aprovado, tem investido esforços para tornar as leis ainda mais rigorosas. Além de impedir a fiança e a soltura do acusado, a parlamentar tenta aumentar ainda mais os valores para a fiança no caso de lesões corporais às vítimas. Yared teve um filho morto após um acidente causado por um motorista alcoolizado em Curitiba (PR).


 

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