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VW Saveiro de leitor apresenta oxidação precoce
Defenda-se

VW Saveiro de leitor apresenta oxidação precoce

Com sete meses de uso, picape já tinha pontos de ferrugem no batente da porta

Redação

20 de dez, 2017 · 7 minutos de leitura.

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Foto: Felipe Rau/Estadão
Crédito:

Com sete meses de uso, minha Saveiro já apresenta pontos de ferrugem no batente da porta. Levei o carro à autorizada Comeri da Praia Grande para a primeira revisão, dos 10 mil km, e apontei o problema. Ficaram dois dias com o carro e só então pediram para eu levá-lo à Comeri de Santos, para que a questão da oxidação fosse examinada. Se tivessem dito isso antes, eu teria feito a revisão em Santos e economizado tempo. Na filial santista, disseram que eu teria de deixar a picape lá, sem uma previsão de conclusão do reparo, e me ofereceram apenas três dias de carro reserva. Revoltado, não concordei e fui embora.
Ricardo de Oliveira Mendonça, ITANHAÉM (SP)

VW responde: estamos à disposição para analisar o veículo em nossa rede autorizada.

O leitor conta que usa a Saveiro para transportar peixes e frutos do mar. Quando a autorizada finalmente concordou em lhe ceder um carro reserva por mais de três dias, o veículo oferecido não era adequado para esse serviço. Assim, ele resolveu esperar a segunda revisão para tentar resolver o problema.

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Advogado: não é normal que um veículo apresente pontos de ferrugem com tão pouco tempo de uso. A montadora tem a obrigação de fazer o reparo necessário em até 30 dias, ou poderá ser obrigada a trocar o carro. Se preferir, o leitor pode realizar o serviço por conta própria e cobrar o reembolso da montadora.

Outras reclamações publicadas na coluna Defenda-se nesta semana
FORD FUSION
Sem controle de cruzeiro

Tenho um Ford Fusion. Já faz três meses que estou aguardando a chegada de um módulo do controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo. Além de ajustar a velocidade do veículo, esse componente também aciona os freios em caso de risco de colisão iminente. A Ford diz que não tem a peça no estoque da fábrica. Enquanto isso, toda vez que eu ligo o carro, o painel emite um alerta de que o recurso está indisponível. Comprei o Fusion justamente por causa desse sistema de segurança, tendo em vista que tenho uma filha recém-nascida. Porém, apesar de ter pago por tal tecnologia, não posso usufruir dela.
Edner Goulart, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP)

Ford responde: caso resolvido.


O leitor diz que ficou decepcionado com a demora da Ford em resolver o problema, já que ele teve de fazer diversas reclamações e aguardar quase quatro meses até a chegada da peça.

Advogado: ao não receber o reparo dentro do prazo de 30 dias, o consumidor ganha o direito de pleitear a troca do carro ou o cancelamento da compra. A falta de peças não autoriza a montadora a descumprir esse prazo, já que a lei lhe obriga a manter o mercado abastecido com componentes de reposição.

JEEP COMPASS
Amortecedores em falta

Meu Compass teve a suspensão dianteira danificada em um acidente e foi guinchado para a autorizada. A seguradora aceitou o orçamento apresentado e autorizou o reparo. Um mês depois, porém, ainda não recebi o carro. Todas as vezes em que procurei a concessionária, o responsável pelo atendimento limitou-se a dizer que a montadora não tem em seu estoque as peças necessárias para o reparo. Já fiz duas queixas à central de atendimento da Jeep, mas o atendente dizia que o caso estava sendo acompanhado por outra pessoa e que me retornaria, algo que não ocorreu. Em meio a esse jogo de empurra, o veículo está parado ao relento no pátio da concessionária, que não toma nenhuma providência para resolver o caso.
Tadeu Zoé Rodrigues, PATOS DE MINAS (MG)


FCA responde: as peças necessárias para o reparo foram faturadas e entregues à concessionária, que fará o serviço com a maior agilidade possível.

O leitor diz que ainda não recebeu o carro. Ele conta ter ouvido que os amortecedores do modelo estão em falta em todo o País.

Advogado: enquanto aguarda a chegada das peças, o consumidor tem direito a receber um carro reserva ou ter seus gastos com locomoção ressarcidos pela montadora – que, por lei, não pode deixar faltarem componentes no mercado. Outros prejuízos decorrentes da privação do uso do veículo também devem ser reembolsados pela empresa.


Quer participar? Envie um resumo do problema para o e-mail jcarro@estadao.com. Informe nome completo, RG, CPF, endereço com município e telefones de contato
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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.