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Vale a pena comprar carro a diesel?

A pesquisa mais recente da ANP revela que o diesel baixou após a paralisação dos caminhoneiros, mas o etanol e a gasolina subiram

Hairton Ponciano

14 de jun, 2018 · 5 minutos de leitura.

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Crédito: O Jornal do Carro fez uma viagem com dois Jeep Renegade, sendo um com motor 1.8 flexível e outro com motor 2.0 a diesel, para um comparativo de combustíveis. Foto: Henrique Pinheiro/Estadão

Duas semanas após a greve dos caminhoneiros, que paralisou todo o País por 11 dias, os preços dos combustíveis ainda não se acomodaram. A pesquisa de preços mais recente da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), feita entre os dias 3 e 9 de junho, revela que o diesel baixou na média R$ 0,15 no Estado de São Paulo, em relação ao levantamento realizado entre os dias 13 e 19 de maio. O diesel S10 (com menor teor de enxofre, indicado para motores mais modernos) custava R$ 3,641, e agora caiu para R$ 3,494. Em compensação, os combustíveis destinados aos carros de passeio (etanol e gasolina) subiram nesse mesmo período.

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A gasolina, que na média do Estado custava R$ 4,056 em meados do mês passado, saltou para R$ 4,416 na última pesquisa da ANP. Ou seja, alta de R$ 0,36, ou 8,9% em cerca de um mês. O etanol também ficou mais caro: foi de R$ 2,603 para R$ 2,835, elevação de 8,9%.

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Os prós e contras do diesel

Em vista disso, vale a pena ter carro a diesel? Se isso passa pela sua cabeça, é importante analisar alguns
aspectos. É bem verdade que utilizando o mesmo combustível dos caminhões de certa forma o dono de carro a diesel ganha uma turma que irá lutar por ele se o combustível começar a subir em algum momento.

Ainda na coluna dos pontos positivos, há a maior autonomia, porque motores a diesel são mais eficientes em termos de aproveitamento de energia. Em outras palavras, costumam ser mais econômicos. Afora isso, têm muita força, o que pode fazer toda a diferença em algumas situações fora de estrada, quando se precisa atravessar terrenos com lama, por exemplo, onde tração em baixa rotação é fundamental.


É exatamente por essas características que o diesel é permitido para modelos com tração 4×4 que tenham reduzida. Para automóveis de passeio comuns, persiste a proibição. Aliás, nos últimos anos houve um movimento para liberação da venda de carros a diesel também no segmento de passeio. Porém, após os últimos acontecimentos no Brasil, e devido ao cerco que o combustível vem tendo em todo o mundo, esse assunto parece estar enterrado de vez.

Afora essas questões, há também outras desvantagens. Modelos com motor a diesel costumam ser bem mais caros que os similares a gasolina. Como comparação, um Jeep Renegade Longitude custa a partir de R$ 93.990 com motor 1.8 flexível, e R$ 118.490 com mecânica 2.0 a diesel. Claro que não é só o motor. Nesse caso, o propulsor a diesel vem acompanhado de tração 4×4 (dianteira no 1.8) e câmbio automático de nove marchas (seis no modelo flexível).

Tirando o preço de compra, o custo de seguro e manutenção também é maior. Além disso, a maioria dos veículos a diesel costuma vibrar mais que os similares de ciclo Otto (gasolina e etanol), e fazem mais barulho. Mas há quem não se importe com isso, e há quem seja fã desse tipo de característica dos modelos mais “rústicos”.


Sobre esse assunto, o Jornal do Carro fez uma viagem com dois Jeep Renegade idênticos, sendo um com motor 1.8 flexível e outro com o 2.0 a diesel. O vídeo da viagem não é novo, mas a comparação continua válida.

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