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Andamos no novo Peugeot 308
Avaliação

Andamos no novo Peugeot 308

Hatch ganha mais equipamentos e motor mais potente em versão de topo, mas cobra caro por bom conjunto

28 de out, 2015 · 7 minutos de leitura.

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 Andamos no novo Peugeot 308

Mostrado no último salão de Buenos Aires, na Argentina, a primeira atualização do Peugeot 308 enfim começa a ser vendida no Brasil. A marca também reorganizou as versões e preços do modelo, que agora parte de R$ 69.990 na versão de entrada Allure com motor 1.6 de 122 cv.

Apesar de ser a mais simples da gama, a Allure não tem nada de básica. O modelo traz de série itens importantes como airbags frontais, laterais e de cortina, além de controle de estabilidade. Sensores de chuva, luminosidade e estacionamento também fazem parte do pacote básico. Mas a nova central multimídia com tela sensível ao toque e conexões Bluetooth, USB e suporte às plataformas Android Auto e CarPlay, da Apple, que espelha o conteúdo de alguns aplicativos do celular, é exclusiva da versão de topo.

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Há ainda as versões Allure 2.0, vendida a R$ 75.990, com motor flexível de 151 cv e câmbio automático de seis marchas, e a de topo Griffe THP, com o 1.6 turbo, que agora passa a ser flexível e chega a 173 cv, ante 165 cv da antiga versão movida apenas a gasolina. Ela custa R$ 82.990. A transmissão do modelo de topo também foi renovada, com marchas mais longas e promessa de mais economia de combustível. O conjunto é o mesmo adotado pela Citröen no C4 Lounge.

Por fora, a frente concentra a maior parte das mudanças. Para-choque e grade são novos, além dos faróis. A dianteira agora tem um ar parecido ao dos Peugeot mais recentes, como 208 e 2008, com a grade trapezoidal e o emblema da marca fixado nela. Atrás, as lanternas mantêm o formato, mas há nova disposição das luzes e lâmpadas de LED.

A discreta mexida no modelo atual prepara terreno para a chegada da nova geração. Por enquanto, o modelo europeu não tem data para ser lançado por aqui, embora a Peugeot confirme o lançamento. O novo carro deverá conviver com o atual, já que será vendido num patamar de preços superior.


Competente.A única mudança na mecânica do 308 é vista na versão de topo, Griffe THP, com motor 1.6 turbo. O aumento de potência, 12 cv, é pouco perceptível na pratica, mas o 308 de topo continua com boa vitalidade. O torque foi mantido em 24,5 mkgf disponíveis a baixas 1.500 rotações, o que dá agilidade ao hatch na cidade. O câmbio tem funcionamento suave e as trocas de marcha são pouco percebidas. No entanto, as marchas mais longas tiraram um pouco da vitalidade do carro em tocadas mais agressivas.

Mas o conjunto ainda é extremamente competente. No percurso de 145 km entre as cidades de São Paulo e do Guarujá, no litoral paulista, O 1.6 não teve dificuldades para levar o hatch a regimes mais elevados e a transmissão se adapta rapidamente a exigências maiores. Em descidas de serra, o câmbio segura mais as marchas e explora bem o potencial do bom motor.

Na estrada, há ótima reserva de potência e o modelo se mostra bom para longas distâncias, com bancos confortáveis e baixo nível de ruído a bordo. O senão vem em curvas, onde a suspensão, apesar de firme, não encoraja grandes emoções. O volante grande também tira alguma agilidade em manobras rápidas, ainda que dê ótima estabilidade direcional nas retas.


A nova central multimídia com tela sensível ao toque é muito mais simples de usar que o modelo antigo. Os menus são simples, ainda que haja alguma lentidão nas respostas. O maior senão é a posição muito baixa do equipamento, que antes ficava mais ao alto, numa posição mais visível. Ao menos, há um satélite de controle do sistema atrás do volante. Apesar da posição pouco usual, não é difícil acostumar com os comandos destacados.

Quem viaja no banco de trás não tem fartura de espaço, mas dois adultos de até 1,80 metro não terão dificuldades para se acomodar. O enorme teto solar panorâmico amplia bastante a sensação de espaço interno.


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