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Autostadt é uma cidade que tem carro até no nome
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Autostadt é uma cidade que tem carro até no nome

Autostadt, complexo da Volkswagen ao lado da sede da empresa, na Alemanha, tem vida independente

12 de abr, 2017 · 7 minutos de leitura.

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 Autostadt é uma cidade que tem carro até no nome
Na Alemanha, pode-se comprar um Volkswagen e retirá-lo pessoalmente na Autostadt, ao lado da fábrica
Todos os dias, cerca de 500 pessoas (muitas acompanhadas de suas famílias) rumam para a pequena cidade de Wolfsburg, vindas de diversas partes da Alemanha. Algumas passam o dia, outras estendem a visita por um fim de semana. Passeiam, comem, visitam diversas atrações, eventualmente se hospedam no hotel e depois retornam para casa de carro novo.

Essa é a rotina na Autostadt, a Cidade do Automóvel, um imenso parque temático espalhado por uma área de 280 mil m2. Autostadt fica bem ao lado da sede mundial da Volkswagen, às margens do canal Mittelland, e é considerado o maior centro de entrega de automóveis do mundo.

Na Alemanha, o cliente pode adquirir o veículo na concessionária e optar por retirá-lo pessoalmente na fábrica. Com isso, usa o dinheiro que seria gasto no frete (cerca de ¤ 300, equivalentes a uns R$ 1.000) para a viagem, alimentação, etc.

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O maior símbolo do lugar, inaugurado em 2000, são as duas torres de vidro com 48 metros de altura (o equivalente a um prédio de 20 andares). Cada uma tem capacidade para guardar 400 carros.

Os veículos ficam em vagas que lembram gavetas até o momento da entrega aos donos, quando são transportados por elevadores, por meio de um sistema automatizado. Dali pode sair qualquer VW (mesmo os que não são feitos em Wolfsburg), além de modelos da Seat, marca espanhola que faz parte do grupo alemão.

As atrações vão muito além da entrega dos veículos. Aberto durante 363 dias por ano – fecha somente nos dias 24 e 31 de dezembro -, o espaço abriga shows de música e dança, por exemplo, o tempo todo.


No inverno, o lago congela e se transforma em rinque de patinação. Além disso, cada marca pertencente ao Grupo VW tem sua própria “casa”, com arquitetura que reflete a imagem da empresa.

As formas sinuosas no teto da construção no espaço da Audi remetem às curvas da pista de Le Mans, na França, onde a companhia das quatro argolas colecionou diversas vitórias. Da mesma forma, a imensa marquise do pavilhão da Porsche lembra a dianteira do esportivo 911.

Museu e hotel. Uma das atrações imperdíveis da Autostadt é o museu multimarca. No espaço não há apenas veículos feitos por empresas do Grupo Volkswagen (Porsche 911, Lamborghini Diablo e uma réplica do Bugatti Atlantic, entre outros), mas também carros históricos de outras fabricantes.


Um dos destaques é o Renault 16 de 1965, caracterizado pelo ótimo espaço interno e a versatilidade do interior. Há ainda uma Kombi Last Edition de 2013, a última série da van, que foi produzida no Brasil.

Também é possível testar diversos tipos de carro. As versões elétricas de Golf e Up! têm experimentação gratuita, enquanto Tiguan, Touareg e Amarok podem ser guiados em um circuito com obstáculos. Para o Tiguan o preço é de 25 euros (cerca de R$ 83) por pessoa. No caso de Touareg e Amarok, são 35 euros (R$ 116) cada.

No complexo há 13 restaurantes, sendo quatro no hotel de cinco estrelas Ritz-Carlton. Falando em estrelas, o Aqua, focado em frutos do mar, tem três no guia Michelin.


O ingresso na Autostadt custa 15 euros (R$ 50), valor que baixa para 6 euros (R$ 20) para estudantes e adolescentes até 17 anos.

Corvette. Não é só na Alemanha que o comprador de carros novos pode desfrutar de experiências exclusivas. Quem adquire um Corvette Z06 pode montar o motor do Chevrolet, assistido por um técnico da fábrica.

O programa custa US$ 5 mil (R$ 15,7 mil) e inclui um dia de “trabalho” no Performance Build Center, em Bowling Green, EUA. O V8 recebe uma placa com o nome do dono e vai para a linha de montagem onde será instalado no carro.


Audi e BMW também têm opção de entrega de veículos em suas fábricas, na Alemanha.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.