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Avaliamos a nova geração da Nissan Frontier
Avaliação

Avaliamos a nova geração da Nissan Frontier

Nissan Frontier chega ao Brasil com motor diesel 2.3 biturbo de 190 cv e câmbio automático de sete marchas

18 de mar, 2017 · 6 minutos de leitura.

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 Avaliamos a nova geração da Nissan Frontier
Frontier perdeu cerca de 150 kg em relação a geração anterior

Com um certo atraso em relação às concorrentes, a Nissan traz ao Brasil, importada do México, a nova geração da Frontier. O modelo chega às concessionárias, por enquanto, apenas na versão LE, que tem preço de R$ 166.700. Trata-se da opção de topo mais em conta do segmento de picapes médias.

De série, há faróis e luzes diurnas de LEDs, partida e abertura do carro sem chave (keyless), central multimídia, ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, controles de estabilidade e tração e auxílios de partida em rampa e de descida. A lista traz ainda banco do motorista com ajustes elétricos e aquecimento, controle de velocidade de cruzeiro, câmera de ré, sensores de obstáculos e atrás e uma tomada 12V na caçamba. Não há ajuste de profundidade da direção, o que facilitaria encontrar a melhor posição de guiar. O protetor de caçamba custa cerca de R$ 1.500.

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No visual, a Frontier adotou as linhas globais da Nissan e ficou mais moderna. Por dentro, o acabamento é bom e há boa quantidade de porta-objetos de fácil acesso. Contudo, o desenho geral não traz grande inovação. Tanto o exterior quanto a cabine têm aspecto racional.

O espaço interno é bom para quatro adultos, pois o túnel central alto atrapalha a acomodação do ocupante do meio do banco de trás – a saída de ar-condicionado para essa parte do carro também reduz o espaço. A Frontier perdeu 150 kg, resultado do uso de aços mais leves e de maior resistência na carroceria, segundo a Nissan.

Rodando. O antigo motor 2.5 turbodiesel deu lugar a um biturbo de 2,3 litros. Uma turbina menor entra em funcionamento em baixos regimes e a outra, maior, em elevados.Potência e torque são os mesmos do propulsor antigo: 190 cv e 45,9 mkgf. O câmbio automático agora tem sete marchas, ante as cinco do modelo anterior.


Há opção de trocas manuais pela alavanca. Esse conjunto é suficiente para superar obstáculos no fora de estrada com facilidade, mas fica devendo em agilidade na resposta quando se crava o pé no acelerador em retomadas e ultrapassagens.Isso ocorre mais pela falta de agilidade da transmissão que pelos números do motor, que são bons. O isolamento acústico deixa a desejar. Nas acelerações fortes, o barulho do motor invade a cabine e incomoda.

Já no trecho off-road da avaliação, foi possível notar que a picape está mais firme. Além disso, os rangidos que eram comuns de se ouvir quando a Frontier passava em buracos não existem mais.

A suspensão talvez seja o ponto alto da Frontier. Na frente, ela usa duplo braço com barra estabilizadora, enquanto na traseira adotou o conceito de eixo rígido com molas helicoidais e braços arrastados – no lugar do antigo feixe de mola. O resultado é que a picape se mantém mais estável em altas velocidades e, no fora de estrada, tende a pular menos. Assim, ante a geração anterior da Frontier, há entrega de mais conforto aos ocupantes do veículo.


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