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Avaliamos o Mercedes-Benz GLE Coupé 400
Avaliação

Avaliamos o Mercedes-Benz GLE Coupé 400

Mercedes GLE Coupé sobressai no visual, porte e preço sugerido de R$ 464.900

José Antonio Leme

18 de abr, 2018 · 5 minutos de leitura.

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gle coupe
Mercedes-Benz GLE Coupé 400 FOTO: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
Crédito:

Guiar o Mercedes-Benz GLE Coupé pelas ruas dá a mesma sensação de estar desfilando sobre um elefante. Assim como o paquiderme – mas com bem mais estilo –, o modelo alemão chama a atenção pelo porte avantajado. Isso faz ele sobressair até mesmo sobre o porte de outros SUVs.

A versão 400 Highway é tabelada a R$ 464.900. Ela traz de série auxílio a manobras de estacionamento, ar-condicionado de três zonas, teto solar e sete air bags. Há faróis de LEDs, controles de tração e estabilidade e alerta de fadiga, entre outros. Ao destravar as portas, o logotipo da marca é projetado no chão.

Apesar de ser muito grande, o GLE Coupé leva apenas quatro adultos com conforto. O túnel central alto atrapalha um eventual quinto ocupante. Além disso, passageiros de trás com mais de 1,80 metro ficarão com a cabeça próxima do teto, que é rebaixado para dar um jeitão de cupê ao SUV. Além de prejudicar o espaço, isso reduz a visibilidade traseira.

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O interior tem bom acabamento, todos os comandos ficam à mão e os bancos da frente seguram bem os ocupantes em curvas. Entre as várias opções de ajustes, dá para deixar o assento bem próximo ao assoalho, posição geralmente associada a modelos esportivos.

Como é de praxe nos carros da Mercedes, há uma profusão de botões espalhados pela cabine, mas em pouco tempo o motorista se habitua com isso. O seletor da central multimídia ajuda muito, já que algumas funções podem ser acessadas também por meio dele.

Em movimento

O motor V6 3.0 biturbo a gasolina gera 333 cv e 48,9 mkgf. O câmbio é automático de nove marchas e a tração, integral. Esse conjunto é mais do que suficiente para mover os 2.180 kg do carro com vigor. Há quatro modos de condução: conforto, normal, sport e sport+. Além de alterar as respostas de câmbio, motor, suspensão e direção, o sistema pode deixar o controle de tração mais permissivo.


Mesmo no modo mais esportivo, a suspensão privilegia o conforto e o GLE Coupé apresenta alguma rolagem de carroceria em curvas – afinal, são mais de duas toneladas e o centro de gravidade é bem alto.

A alteração de comportamento é nítida, especialmente quando o carro roda sobre piso ruim. Na função sport+, por exemplo, os impactos contra imperfeições são transferidos sem filtros à cabine.

Os freios têm funcionamento pouco progressivo. O sistema só entra em ação após o pedal ser pressionado até o meio e tende a “morder” os discos de forma brusca. Isso faz a frente do carro mergulhar.


Ficha Técnica

Preço sugerido
R$ 464.900
Motor
3.0, V6, biturbo, 24V, gasolina
Potência (cv)
333 a 5.250 rpm
Torque (mkgf)
48,9 a 1.600 rpm
Câmbio
Automático, 9 marchas

PRÓS E CONTRAS


Prós – Motor
V6 agrada e, graças às opções de modos de condução, deixa o SUV muito bom de guiar.

Contras – Freios
Sistema demora a atuar e, quando isso ocorre, o carro estanca e a frente mergulha.


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Jornal do Carro
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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.