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Avaliamos a perua Mercedes-Benz C300
Avaliação

Avaliamos a perua Mercedes-Benz C300

Mercedes C300 Estate é opção para quem busca ótimos espaço e dirigibilidade, mas custa R$ 273.900

José Antonio Leme

06 de dez, 2017 · 4 minutos de leitura.

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Mercedes-Benz C300 Estate
Crédito:

Há um ditado popular que diz que “em terra de cego, que tem um olho é rei”. A versão moderna poderia ser “em terra de utilitário-esportivo, quem tem uma perua chama muita atenção”. Os olhares de admiração para a Mercedes-Benz C300 Estate só provam que, por causa do avanço dos utilitários-esportivos, esse tipo de carro é cada vez mais raro no Brasil. Os R$ 273.900 são praticamente o mesmo preço do “irmão” GLC 250 (R$ 270.900), que é do segmento “da moda”.

De série, a perua alemã traz sete air bags, sensores de obstáculos na frente e atrás, controles de tração e estabilidade, bancos dianteiros com ajustes elétricos, faróis de LEDs, assistente de estacionamento e teto solar, entre outros itens.

O motor 2.0 turbo a gasolina de 245 cv casa muito bem com o câmbio automático de nove marchas. O conjunto trabalha de modo suave e, como o torque de 37,7 mkgf fica disponível já às 1.500 rpm, o carro está sempre pronto para acelerar.

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Há quatro modos de condução: econômico, confortável e esportivo (dois níveis), que mudam as respostas de direção, acelerador e câmbio. Dá também para personalizar essas funções separadamente. No Sport+, o controle de estabilidade fica mais permissivo para quem quiser abusar da tração traseira depois de deixar as crianças na escola.

Em estradas sinuosas, a suspensão bem ajustada contribui para evitar que a carroceria role muito em curvas e garante conforto aos ocupantes.

O acabamento é ótimo e o requinte está em cada detalhe. O painel é repleto de botões, ainda que discretos. A central multimídia lembra um tablet “pendurado” no painel, mas seu uso é bastante intuitivo. Há bom espaço para quatro adultos. O túnel central é alto, o que reduz a área para um eventual quinto ocupante.


O porta-malas de 490 litros pode ser ampliado para 1.510 l. Basta rebater os bancos de trás (o acionamento é elétrico). Um ponto negativo do carro avaliado era o estepe convencional. Como não cabia no nicho destinado ao pneu de uso temporário, “roubava” espaço no compartimento de carga.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.