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Bosch é acusada de ser cúmplice em fraude da VW
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Bosch é acusada de ser cúmplice em fraude da VW

Bosch seria "parte essencial" no projeto que fraudou o motor a diesel de mais de 10 milhões de VW

18 de ago, 2016 · 3 minutos de leitura.

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 Bosch é acusada de ser cúmplice em fraude da VW
Advogados querem incluir a Bosch em processo contra a VW nos EUA

O dieselgate, como é chamado o escândalo que enolve a fraude em mais de 10 milhões de motores a diesel de veículos do Grupo Volkswagen, tem um novo capítulo envolvendo outra gigante alemã. Os advogados de donos de carros que estão processando a companhia agora acusam a fornecedora Bosch de ser cúmplice no caso.

Em processo aberto nos Estados Unidos, advogados consideram que a sistemista alemã tem participação ativa em uma enorme e longa conspiração jutamente com a Volkswagen. “A Bosch teve papel crucial no rentável e fraudulento negócio [da VW]”, diz um dos acusadores em documentos do processo.

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Os advogados afirmam que seria impossível que a Bosch não soubesse que o programa de computador instalado nos carros era responsável por definir, desenvolver, testar, manter e fazer funcionar um dispositivo ilegal de manipulação. O sistema era capaz de “identificar” quando o veículo estava sendo submetido à fiscalização e reduz o nível de emissões. Após “perceber” que o teste havia sido concluído, o sistema liberava o motor para voltar a poluir.

Na época em que a Volkswagen assumiu a culpa por ter manipulado os níveis de emissões de poluentes gerados por seus veículos a diesel, a Bosch confirmou ser afornecedora tanto do programa quanto da central eletrônica. A empresa informou, contudo, que a calibração utilizada nos carros era de responsabilidade da montadora.

Promotores alemães chegaram a investigar a sistemista e seus funcionários para saber se estavam envolvidos no escândalo, mas não formalizaram qualquer tipo de acusação. Em 2007, a Bosch teria alertado a Volkswagen sobre ser ilegal instalar o programa, concebido para ser utilizado apenas na fase de pré-homologação, ou seja, nos veículos de testes que não seriam vendidos a clientes finais.


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