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Credores da Takata vão votar em plano sobre vítimas de air bag defeituoso
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Credores da Takata vão votar em plano sobre vítimas de air bag defeituoso

Juiz responsável pelo caso da falência da Takata considerou que plano apresentado pela empresa era favorável às montadoras

Redação

05 de jan, 2018 · 3 minutos de leitura.

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Os credores da Takata poderão votar no plano da empresa que trata dos direitos das vítimas de air bags defeituosos. Esta foi a determinação do juiz responsável pelo caso de falência da companhia, cujos produtos irregulares resultaram em ao menos 180 feridos e 20 mortes em acidentes ao redor do mundo.

Em junho de 2017, a Takata e sua corporação TK Holdings declararam falência após mais de 100 milhões de seus air bags serem atingidos por recall. O produto poderia se inflar além do limite e lançar fragmentos de metal sobre os passageiros.

Durante a audiência, o juiz avaliou a adequação do plano proposto pela TK Holdings. O magistrado Brendan Shannon considerou que o acordo beneficiaria as montadoras em detrimento dos proprietários dos veículos e permitirá a participação da defesa na elaboração do novo plano. O julgamento ocorreu em Wilmington, Delaware (EUA), e continuará no dia 13 de fevereiro.

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O plano da empresa era pagar uma compensação que varia de US$ 10 mil (R$ 32,4 mil), para os feridos, até US$ 5 milhões (R$ 16,2 milhões) por morte ou perda de visão. Porém, os proprietários dos carros seriam impedidos de processar a Honda. Pelos documentos, outras fabricantes também poderiam se juntar ao acordo.

Um advogado das vítimas contestou a proposta. Segundo a defesa, o plano limita os direitos das vítimas ao restringir a punição para a companhia e por prever o pagamento da indenização em parcelas.

A Takata planeja vender suas operações por US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 5,2 bilhões) ​​para a Key Safety Systems, uma afiliada da empresa chinesa Ningbo Joyson Electronic Corp. O procedimento irá financiar pedidos de restituição de montadoras e as indenizações das vítimas.


 

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.