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Cruze muda pouco para se manter na briga
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Cruze muda pouco para se manter na briga

Reestilização da dianteira e melhorias na transmissão são as novidades do sedã e hatch da Chevrolet

26 de nov, 2014 · 6 minutos de leitura.

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 Cruze muda pouco para se manter na briga

O Chevrolet Cruze vai entrar em 2015 de cara nova. Com três anos de carreira no mercado brasileiro, o médio aposta em atualizações sutis para se manter em evidência na disputa com Toyota Corolla e Honda Civic, dois ossos duros de roer entre os sedãs, e Volkswagen Golf, o hatch a ser batido no segmento. Os preços subiram cerca de R$ 400 ante a linha 2014 e vão de R$ 70.400 (LT hatch com câmbio manual) a R$ 87.300 (LTZ sedã automático).

As principais mudanças estão na dianteira. O para-choque foi redesenhado, assim como a grade, que ficou mais evidente e ganhou barras cromadas na versão de topo, LTZ. Também são novas as luzes diurnas de direção, feitas de LED e localizadas acima dos faróis de neblina, e as rodas de alumínio, de 17 polegadas, calçadas por pneus 225/50.

Na cabine, o acabamento agrada. Bancos, portas e painel passaram a ser revestidos de couro preto e marrom – um simples detalhe que deu uma boa revigorada no visual do carro.


Ar-condicionado eletrônico, direção elétrica progressiva, retrovisor interno eletrocrômico, controles de tração e estabilidade, sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, volante com ajustes de altura e profundidade e airbags frontais e laterais são itens de série já a partir da versão de entrada, LT. Sensores de chuva e crepuscular, navegador GPS, câmera de ré e partida por botão no painel estão entre os opcionais.

Na opção LTZ, os vidros sobem automaticamente quando as portas são travadas pelo controle remoto. Esse dispositivo ganhou ainda uma tecla para acionamento da partida do motor à distância. Com isso, o ar-condicionado já pode entrar em funcionamento, adiantando a climatização da cabine para o conforto do motorista.


IMPRESSÕES

Em movimento, o Cruze tem seus predicados. A direção responde bem aos comandos, sem folgas, e a suspensão equilibra conforto e firmeza, garantindo ótima aderência em curvas.

O motor é o mesmo Ecotec 1.8 de quatro cilindros e 16 válvulas, que rende até 144 cv com etanol. Recalibrado, ele tem acelerações consistentes, liberando torque de forma progressiva. Se o câmbio automático anterior de seis marchas limitava o seu potencial, a transmissão atualizada (também de seis) favorece a agilidade, com trocas de marchas bem mais suaves e reduções duplas nas retomadas mais difíceis.


Em uma tocada mais mansa, o conjunto é silencioso, como convém a um sedã familiar. Ao se acelerar fundo, porém, as trocas passam a ocorrer na faixa das 6.200 rpm e a operação se torna um tanto ruidosa, revelando que o fôlego e a esportividade do Chevrolet têm um limite bem curto.

Vale salientar, no entanto, que a unidade avaliada havia sido abastecida com a gasolina uruguaia, que tem em sua composição 10% de etanol – no caso do combustível brasileiro, são 25% de etanol, o que pode garantir respostas ligeiramente mais rápidas em solo nacional.

No fim das contas, o Cruze é mais ágil que o Corolla e mais confortável que o Civic. Mas o maior argumento de vendas pode estar na segurança: enquanto o Chevrolet oferece controles de tração e estabilidade já a partir do catálogo de entrada, o Toyota não tem esses recursos e o Honda só os entrega na versão de topo EXR, que ainda não foi relançada após a última atualização do modelo.


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