Antigo vice-líder de vendas dos SUVs compactos, e ocupante do primeiro lugar por alguns meses, o Duster é o modelo que mais saiu perdendo com a enxurrada de lançamentos de novos modelos no segmento. Nos dois últimos meses, o carro da Renault praticamente ocupou a última posição da categoria de utilitários compactos.
Até há alguns modelos atrás do Duster. Porém, eles têm vendas pouco relevantes. Entre os exemplos, há o Tiggo, da Chery, e o X60, da Hyundai.
Porém, considerando apenas os carros de marcas mais tradicionais, o Duster é o “lanterninha”. Em junho, só conseguiu vencer o 2008. Neste mês (de 1º a 28 de julho), está atrás até mesmo do Peugeot.
Faltando um dia de emplacamentos para o encerramento do mês (31 de julho), o Duster tem apenas 657 unidades vendidas. O Peugeot tem 768.
O líder é o HR-V, com 3.237 emplacamentos (o Compass está à frente, mas é SUV médio, não compacto). O segundo lugar é do Creta (3.028), seguido por Renegade (2.955) e Kicks (2.294).
O sexto colocado é o Honda WR-V (1.443) e o sétimo, Ford EcoSport (1.367). O Tracker aparece em oitavo (1.055) e o Captur, em nono (995). Em seguida, vêm 2008 e Duster.
AS RAZÕES DO DESEMPENHO RUIM
Do fim do ano passado para cá, o segmento recebeu muitas novidades. O Compass, que é médio e mais caro, cativou alguns clientes dos compactos (considerando todos os SUVs, é este Jeep o mais vendido).
O Creta chegou também de forma avassaladora, tirando o Renegade do segundo lugar da lista de vendas de SUVs compactos. Outras novidades foram WR-V e Tracker reestilizado.
Além disso, o Kicks, que acaba de ser nacionalizado, ganhou versões mais baratas. Porém, o maior problema do Duster é o Captur.
Seu “irmão”, também lançado neste ano, tem visual mais atraente e o mesmo (amplo) espaço interno. Nas concessionárias, os dois estão lado a lado, e o Duster tem perdido espaço para o Captur – embora este seja mais caro.
O problema para a Renault é que o novato não está vendendo muito bem também. Desde seu lançamento, apenas em dois meses ele conseguiu vender mais de mil unidades (maio e junho).
O Captur, portanto, não está obtendo volume capaz de suprir a retração nas vendas do Duster.
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5 razões para comprar - Espaço interno
Derivado da plataforma do Duster, o Captur se beneficiou de uma das principais qualidades do irmão, o espaço interno. Confortável para quatro adultos, mesmo quem vai atrás tem bom espaço para cabeça e pernas
2/10
5 razões para comprar - Itens de série
A lista de itens de série do Captur é outro bom motivo para levar o SUV da Renault para casa. O modelo vem bem completo com itens como chave Keyless, controle de tração e estabilidade, auxílio de partida em rampa, quatro air bags, entre outros
3/10
5 razões para comprar - Porta-malas
Assim como o Duster, o Captur se destaca pelo bom espaço de porta-malas. O modelo tem 437 litros de capacidade, uma das maiores do segmento de SUVs compactos, empatado com o Honda HR-V
4/10
5 razões para comprar - Design
Se em uma coisa a Renault acertou a mão em cheio no Captur foi no design. O carro tem linhas bem atraentes e um visual diferente do que se encontra por aí, para o bem, é claro. Mais elegante que o irmão Duster, que é bruto, tem um apelo para com quem gosta de carro bonito e não só funcional
5/10
5 razões para comprar - Preço
Por ter um bom espaço interno, lista de itens de série completa, capacidade de carga boa e bom visual, o preço do Captur se justifica e fica bem atraente dentro do segmento
6/10
5 razões para não comprar - Acabamento
Se o acabamento do interior melhorou muito em relação ao Duster, ainda não é um primor. Há bastante plástico duro e se o formato é bonito, isso não é o suficiente para fazer com que o painel seja o mais atraente
7/10
5 razões para não comprar - Dirigibilidade
Se algumas coisas boas o Captur trouxe do Duster, algumas ruins também. A dirigibilidade continua a não ser um ponto forte. As mudanças de direção são lentas e a suspensão não tem a melhor calibragem para encarar curvas
8/10
5 razões para não comprar - Câmbio automático de 4 marchas
Na versão de topo, há um câmbio automático, porém ele é de quatro marchas. O número reduzido de marchas faz com que ele trabalhe com dificuldade de respostas rápidas em várias situações e tenha pouca agilidade em entregar um rodar mais confortável, mantendo o motor sempre em giros elevados.
9/10
5 razões para não comprar - Motores
A Renault acabou de apresentar um motor 1.6 flexível completamente novo, mas ainda desafado em relação a concorrência, assim como o 2.0 bicombustível. Um gera 120 cv e o outro até 148 cv, sendo que há concorrêntes com o 1.6 na casa dos 130 cv e motores 2.0 acima dos 150 cv
10/10
5 razões para não comprar - Ergonomia
A Renault insiste em manter alguns botões em uma posição nada satisfatória, abaixo do freio de mão. No caso do Captur são os botões da função Eco e a que aciona o controle de velocidade de cruzeiro. Além de ser difícil de acessar naturalmente, com a alavanca de freio abaixada fica impraticável. Para quem tem mais de 1,80 metro, a posição de guiar naturalmente elevada do Captur é ruim