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Google terá novo Android Automotive
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Google terá novo Android Automotive

Sistema operacional Android poderá substituir por completo os programas de centrais multimídia e conectar carro integralmente à rede

Redação

22 de mai, 2018 · 3 minutos de leitura.

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Android Auto ganhará evolução para tomar conta de painel dos carros
Crédito:Foto: Elijah Nouvelage/Reuters
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A Google vai dar um novo passo em sua plataforma móvel para uso em carros. O Android Automotive virá instalado na própria central multimídia dos veículos, dispensando o smartphone como parte do hardware. Apresentado como um sistema operacional, o novo programa deverá estrear no sistema Sensus, da Volvo.

Conectado à internet, poderá ter vários aplicativos baixados da Google Play. Além disso, terá o Maps instalado para navegação e o Google Assistant para comandos de voz. O Android Automotive deverá substituir quase por completo o sistema da própria Volvo.

No entanto, apesar de poder representar mais facilidade de uso e conectividade para os usuários, outras montadoras demonstram preocupação com o sistema da Google. O problema é que a gigante da internet poderá monitorar os dados de uso dos carros, como o comportamento do motorista. Até níveis de combustível e fluídos poderão ser mostrados pela interface da Google.

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Controvérsia com Android

A Audi, por exemplo, já havia sinalizado em 2015 que quer estar no controle dos dados gerados por seus carros. O então CEO do Grupo Volkswagen Martin Winterkorn afirmou também que embora as fabricantes procurem se conectar aos serviços da Google, também vão querer o controle total de seus veículos.

Em todo caso, o sistema ainda deverá demorar para chegar às ruas. Pelo menos uns dois anos, segundo a Volvo. Até lá, a Google deverá fechar contratos com outras fabricantes para instalar seu sistema.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.