O Grupo FCA é acusado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de usar ilegalmente softwares que permitiram que 104 mil veículos emitissem diesel além do permitido. A multa pode chegar a US$ 4,6 bilhões. No ano passado, a Volkswagen passou por uma investigação similar, onde foi constatado que ela fraudava os testes de emissões de poluentes de seus motores a diesel.
Um juiz federal da Califórnia estabeleceu uma audiência para 24 de maio. Neste dia, será analisada uma série de ações judiciais movidas por proprietários de veículos afetados contra o Grupo FCA. Se ambas as partes não chegarem a um acordo, o Departamento de Justiça poderá arquivar as ações.
Na última quarta-feira, o Grupo FCA disse acreditar que qualquer litígio seria “contraproducente” para as discussões em andamento com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e com a California Air Resources Board, entidade regulatória americana. A empresa acrescentou que “no caso de qualquer litígio, o grupo se defenderá vigorosamente, principalmente contra alegações de que a empresa tenha deliberadamente instalado dispositivos para enganar testes de emissões no País”.
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No início do ano passado, o Departamento de Justiça adotou as mesmas medidas contra a Volkswagen, quase quatro meses depois de a empresa alemã ter admitido o uso de softwares em mais de 500 mil veículos.
O Departamento de Justiça investiga o Grupo FCA desde o ano passado. Foram encontrados e-mails internos e outros documentos sobre o desenvolvimento de motores e problemas de emissões. Em meio ao caso, a Comissão Europeia entrou com uma ação judicial contra a Itália por não responder às alegações de fraude nos testes de emissões. Confirmadas as acusações contra o Grupo FCA, o país poderia responder no tribunal.
