A Volkswagen declarou à agência Reuters que não considera a ideia de vender a Ducati, fabricante italiana de motocicletas que faz parte do seu grupo empresarial. Essa transação não foi bem recebida pela maioria dos membros do conselho fiscal do grupo.
Em abril, a VW chegou a sondar potenciais compradores para a Ducati. Essa decisão foi parte de seus planos para repensar seu portfólio de marcas e ativos, depois de ter anunciado um investimento de bilhões de dólares para apressar a migração para a produção de veículos elétricos, motivada pelo escândalo do Dieselgate.
Nesse processo, cinco licitantes foram selecionados, incluindo a família italiana Benetton, e fizeram ofertas entre 1,3 e 1,5 bilhões de euros pela empresa. Mas pelo menos metade dos 20 membros do conselho diretivo da VW acreditam que não há razões financeiras convincentes que justificariam essa venda.
Publicidade
“Os representantes dos funcionários no conselho não aprovarão essa venda. Os resultados financeiros mostram que não estamos precisando de dinheiro e nossas subsidiárias não estão disponíveis para eventuais caçadores de pechinchas”, disse o porta-voz da VW à Reuters.
Nos últimos seis meses, os resultados financeiros do Grupo VW mostraram lucro de € 8,9 bilhões, um salto de 19% sobre o período anterior.
Tecnicamente, a Ducati pertence à Audi, mas a marca premium alemã dependeria da aprovação formal da VW vender a marca italiana de motocicletas.
