O Honda Civic está completando 45 anos, e sem aparentar nenhum sinal de crise de meia idade. O modelo nasceu no Japão, em 1972, como um veículo subcompacto, voltado para uso urbano. A distância entre-eixos era de apenas 2,28 metros (o mesmo que a do Fiat 500 atual). O motor 1.2 tinha como característica o baixo consumo, algo desejável numa época de crise de petróleo.
Em 1975, o modelo recebeu o motor conhecido pela sigla CVCC, cujo cabeçote tinha um formato que proporciona maior eficiência na queima de combustível. O resultado é que ele dispensava o uso de catalisador.
A segunda geração estreou em 1979. O carro chegou maior e mais potente. O motor CVCC trouxe uma terceira válvula por cilindro e passou a ser oferecido em duas variações: o 1300 rendia 56 cv, enquanto o 1500 gerava 68 cv. Quanto à transmissão, havia três possibilidades: manual de quatro e de cinco marchas, e um sistema semiautomático de duas marchas, denominado Hondamatic. Já nessa segunda geração, que durou até 1983, o Civic estava disponível com carroceria hatch, sedã e perua.
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A terceira geração foi lançada em setembro de 1983, como linha 1984. A propósito, a partir dali, curiosamente quase todas as gerações foram apresentadas em setembro. Ela marcou o lançamento do primeiro Si. O esportivo trazia motor 1.6 de comando duplo e 130 cv, além de suspensão recalibrada. Nessa época também surgiu o cupê de dois lugares denominado CRX. Outra primazia da terceira geração foi a tração integral. Nos primeiros modelos, o acionamento era feito por um botão no painel. A partir de 1987, no entanto, o sistema passou a ser feito automaticamente, quando as rodas dianteiras perdiam tração.
A quarta geração chegou ainda em 1987. Mais uma vez, o Civic chegou maior, e tinha como característica uma linha de capô baixo. Foi nessa época que o modelo ganhou suspensão traseira independente. Além disso, os modelos vendidos nos Estados Unidos receberam injeção eletrônica, embora nos demais países o carburador ainda continuasse sendo utilizado.
A quinta geração chegou em 1991 (em setembro, claro). Além de crescer, ganhou linhas mais arredondadas e aerodinâmicas. O modelo trouxe a carroceria cupê.
A sexta geração chegou em… setembro de 1995, óbvio. E marcou o início de produção do modelo no Brasil. A Honda começou a montagem na fábrica de Sumaré (SP) em 1997.
A sétima geração foi lançada em setembro de 2000, e foi a primeira a trazer o piso traseiro plano, que aumentava o espaço para os ocupantes do banco de trás.
A oitava geração chegou em setembro de 2005, com um estilo futurista tanto por fora como por dentro. Até 2006, a Honda registrava vendas globais de 16,5 milhões de unidades do modelo, desde o lançamento.
A nona geração foi lançada em 2012. Ao contrário da geração anterior, que foi revolucionária em termos de estilo, a nona era apenas uma evolução, embora mantivesse algumas características do modelo antecessor, como o painel em dois andares.
A décima e atual geração estreou no Brasil em agosto do ano passado, exibindo, tal como a oitava geração, estilo agressivo, principalmente na traseira, o que confere um visual de cupê ao modelo.