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Renault Logan ganha vida com novo motor 1.6
Avaliação

Renault Logan ganha vida com novo motor 1.6

Propulsor de origem Nissan rende até 118 cv e melhora substancialmente desempenho de sedã compacto

08 de jan, 2017 · 6 minutos de leitura.

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 Renault Logan ganha vida com novo motor 1.6
Renault Logan 1.6 SCe

Espaçoso, prático e eficiente, o Renault Logan sempre careceu de um motor mais interessante nas versões de topo, que usavam um antigo 1.6 de 106 cv. Agora, o sedã ganhou um novo 1.6 com até 118 cv, que tirou um pouco do ar comportado do carro e dá um desempenho bem melhor ao modelo, cuja tabela parte de R$ 52.750 na versão Expression e chega aos R$ 58.100 na de topo Dynamique avaliada.

O motor é de origem Nissan, mas tem potência superior graças ao retrabalho da Renault, que elevou as cifras em relação aos 111 cv que o propulsor rende na dupla March e Versa e até mesmo mais que os 114 cv da versão que equipa o jipinho Kicks. Nos utilitários da Renault, Duster e Oroch, a potência ainda chega aos 120 cv.

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Para economizar combustível, o novo motor tem também sistema start-stop, que desliga o propulsor em paradas mais longas, como em sinais de trânsito. O funcionamento é suave e pouco intrusivo, mas pode ser desligado por meio de um botão no painel por quem sem incomodar com o liga e desliga.

Com a novidade sob o capô, o Logan anda bem. As respostas são bem mais rápidas ao acelerador e o sedã ganha e mantém velocidade sem sufoco. Mesmo com o torque máximo aparecendo a elevadas 4 mil rotações, há força suficiente em giros bem mais baixos, tornando a condução mais relaxada, sem a necessidade de esticar demais as marchas.

No entanto, o 1.6 responde bem quando mais exigido em regimes mais elevados. Essa é uma das principais melhorias em relação ao antigo motor, que vibrava muito acima das 3.000 rpm e desestimulava qualquer entusiasmo ao volante do Logan.


O melhor comportamento do Logan também faz dele um bom companheiro de viagens. As retomadas são rápidas e o sedã mantém velocidade de cruzeiro constante sem sofrer com pequenos aclives, por exemplo. Na estrada, ele não é dos mais silenciosos, mas não chega a incomodar em longos trechos. Para ser mais confortável, apenas os bancos mereciam espuma mais firme e com mais apoio lombar para o motorista.
Outra melhoria significativa foi o acionamento do câmbio, agora por cabos, ante o varão usado pela caixa antiga. Além de mais suaves e leves, os engates ganharam muito em precisão, calcanhar de aquiles do conjunto usado até então. O senão é um zunido agudo quando se arranca em primeira marcha, que lembra quando se acelera em marcha a ré. A embreagem também ficou mais leve, deixando o uso urbano mais confortável.

A direção, agora com assistência eletro-hidráulica, também está bem mais leve em manobras. No entanto, ainda que seja precisa, passa a sensação de ser pouco conectada com as rodas.

Bem equipada, a versão Dynamique tem itens importantes como ar-condicionado automático e central multimídia com GPS – mesmo que o sistema já esteja precisando de uma atualização. A versão com câmbio automatizado Easy-R (que custa R$ 3.300 extras) ainda acrescenta ESP e assistente de partida em rampas, que poderiam ser de série em toda a gama.


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