A Volvo passou a usar uma curiosa solução para acabar de vez com aquele conhecido atraso nas respostas dos motores turbinados, conhecido como “turbo lag”. O sistema PowerPulse, que já está nas versões a diesel do utilitário-esportivo S90 vendido na Europa, injeta ar comprimido diretamente no duto de admissão do turbo, fazendo-o girar mais rapidamente e em menos tempo, o que, na prática, faz o propulsor ter reações mais rápidas.
A tecnologia é útil porque o turbo é movido pelos gases captados do escapamento, que demoram algum tempo para chegar à turbina e fazê-la girar (esse é o chamado “lag”). Assim, o ar comprimido preenche o espaço entre a solicitação de força e a atuação dos gases no turbo.
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Esse ar é capturado do próprio sistema de admissão do motor e fica guardado em um pequeno cilindro, com capacidade de dois litros, localizado na parte da frente do motor. Um compressor e válvulas elétricas garantem que o sistema esteja sempre pronto a atuar, como um “booster”.
Quando o motorista pisa fundo no pedal do acelerador, as válvulas se abrem e criam um “pulso” de força no momento em que os dois turbos ainda estão sendo “enchidos” com os gases do escapamento. Embora a tecnologia só esteja disponível nos motores D5 - um 2.0 de 235 cv e 48,9 mkgf que equipa, inclusive, o XC90 à venda no Brasil - o PowerPulse pode ser utilizado em qualquer versão de propulsor da marca sueca.
Tentativas. Nos últimos anos, alternativas como dutos de geometria variável, rotores duplos e a utilização de duas turbinas melhoraram muito o comportamento dos motores turbo. Outras marcas, como a Audi, têm apostado em turbinas elétricas para reduzir o tempo de resposta dos motores.
O problema é que essa tecnologia ainda é muito cara e demanda um sistema elétrico poderoso, de 48 Volts de potência.