Poder abrir as portas do carro e dar a partida sem usar a chave é uma comodidade cada vez mais apreciada e que tende a se expandir dos segmentos de topo para modelos mais acessíveis. Mas testes realizados recentemente pelo ADAC (Allgemeiner Deutscher Automobil-Club, o Automóvel Clube Alemão) revelaram que essa tecnologia pode deixar o carro extremamente vulnerável a furtos.
Nesses modelos, a chave tem uma espécie de controle remoto que usa sinal de rádio e deve ser acionado a poucos metros do veículo. Os técnicos da ADAC descobriram, porém, que há dispositivos de custo relativamente baixo (cerca de 200 euros, ou R$ 825) que permitem aos ladrões interceptar esse sinal de rádio e comandar a abertura do veículo de uma distância bem maior.
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Depois que conseguiram entrar no carro usando esses dispositivos, os pesquisadores puderam dar a partida e sair com o carro sem maiores problemas, já que em muitos modelos o motor continua em funcionamento mesmo quando o carro sai do alcance do controle remoto. Foram feitos testes com modelos das marcas BMW, Toyota, General Motors, Kia, Audi e Ford.
A única solução contra esses hackers, de acordo com a ADAC, seria manter a chave com controle remoto dentro de algum invólucro que isole as ondas de rádio que ela emite, impedindo que o sinal sofra interceptação e possa ser copiado por ladrões. Até guardar a chave na geladeira de casa pode servir como um paliativo – pelo menos enquanto as montadoras não surgirem com soluções mais eficazes.
