A FCA (Fiat-Chrysler) está prestes a bater o martelo para a fabricação do SUV da Toro. O utilitário-esportivo baseado na picape já esteve na pauta de discussão da empresa, mas, posteriormente, seu desenvolvimento foi abortado.
Isso porque a estratégia da companhia era manter exclusivamente a Jeep no segmento de SUVs, com Renegade e Compass. No entanto, a diretoria da montadora mudou de opinião.
Isso porque chegou à conclusão de que a Fiat não conseguirá ganhar força na briga com as demais montadoras se não tiver um SUV. O segmento é hoje mandatório na indústria de carros do Brasil, e todas as principais marcas têm representante na categoria.
Das quatro montadoras mais tradicionais, a Ford tem o EcoSport. A GM vende o Tracker, mas já está trabalhando no desenvolvimento de um outro utilitário-esportivo compacto, já que não conseguiu grandes volumes com o mexicano.
A Volkswagen anunciou recentemente que produzirá dois SUVs no Brasil, um compacto e um médio.
Das marcas que brigam com a Ford pela quarta posição do ranking, a Hyundai tem o Creta. A Toyota não confirma, mas é certo que produzirá, ou ao menos venderá, o C-HR no País. A Honda conta com HR-V e WR_V em sua gama e a Renault, com Duster e Captur.
Da Nissan, há o Kicks, enquanto a Jeep tem Renegade e Compass e a Peugeot, o 2008. Das dez maiores montadoras do Brasil, apenas Citroën e Fiat, por ora, não têm SUVs lançados ou planejados.
Por causa desse panorama, a Fiat voltou a trabalhar no plano de ter o SUV da Toro, e sua fabricação já é quase certa. Se confirmado, será o quarto produto feito em Goiana (PE) – junto com Compass, Renegade e Toro.
DETALHES DO PRODUTO
A empresa ainda não definiu se ele será um compacto, nos moldes do Renegade, ou médio, como o Compass. Certo é que ele terá o mesmo visual da Toro, que está cativando o consumidor brasileiro.
Antes do SUV, no entanto, a Fiat lançará o sedã do Argo, cujo nome ainda não foi divulgado – embora já esteja definido. O carro será apresentado em dezembro. O início das vendas ocorrerá entre janeiro e fevereiro de 2018.
No caso da Jeep, os próximos lançamentos previstos são a versão Endurance – que será uma nova opção de Renegade ou Compass.
VEJA TAMBÉM: OS VACILOS DA FIAT TORO
MOTOR 1.8
Um dos "vacilos" mais claros da picape Fiat Toro certamente é o motor 1.8 da versão de entrada. Esse motor é velho de guerra da Fiat e recebeu algumas melhorias para equipar o modelo e chegar aos 139 cv com etanol. Ainda assim, só embala bem em altas rotações e tem funcionamento áspero
FREIOS A TAMBOR NA TRASEIRA
Um carro que começa em R$ 88.980 e passa dos R$ 100 mil nas versões mais complestas ser equipado com freios a tambor na traseira é um vacilo dos grandes
FREIO DE ESTACIONAMENTO COM ALAVANCA
Novamente citando a questão do preço, e levando em conta que ela usa a mesma plataforma do Renegade, a Toro poderia ter o freio de estacionamento elétrico, como no SUV "meio-irmão", mas nela a Fiat manteve o freio manual com alavanca
CÂMERA DE RÉ
Ela é bonita, tem boa dirigibilidade, mas visibilidade na traseira não é forte da Toro, então custava a Fiat colocar a câmera de ré como item de série para todas as versões e não como um opcional para as mais baratas?
FALTA DE PORTA-OBJETOS
O interior da Toro é muito bonito e bem acabado, mas falta espaço para mais porta-objetos e que os que existem poderiam ser maiores, como o que fica entre os bancos dianteiros. O espaço do porta-copos, à frente do freio de estacionamento, mal consegue acomodar um celular, como já virou costume.
CENTRAL MULTIMÍDIA PEQUENA
A central multimídia oferecida tem uma tela de 5 polegadas, muito pequena e de visualização e usabilidade difícil. Além disso, ela é oferecida só como um opcional em um pacote de R$ 9.123.
MOTOR 2.4
A Fiat lançou no final de 2016 uma nova versão equipada com motor 2.4 flexível que rende 186 cv de potência. Entre o 1.8 flexível e o 2.0 diesel. Apesar de ter mais força que o 1.8, ele ainda não é o ideal para empurrar o modelo e mesmo acoplado ao câmbio automático de nove marchas, tem rendimento abaixo do ideal e também só entrega em altas rotações e quando se coloca o "pé no fundo"