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Unimog: o trator que virou caminhão
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Unimog: o trator que virou caminhão

Conheça a história do modelo que foi criado em 1945 para uso agrícola e é um cultuado off-road

07 de jan, 2017 · 4 minutos de leitura.

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 Unimog: o trator que virou caminhão
U4023 é a mais nova estrela do museu do modelo, na Alemanha

No outono de 1945, o então chefe de desenho de motores de aeronaves da Daimler-Benz, Albert Friedrich, fez os primeiros rascunhos do projeto de um trator bastante robusto para uso agrícola. Apoiado por um time de especialistas, o engenheiro fez uma parceria com a Erhard und Söhne, empresa de siderurgia criada para produzir botões, fivelas, casinhas de bonecas e medalhas religiosas.

Diferentemente dos tratores da época, o projeto previa a utilização de quatro rodas com as mesmas dimensões. Com motor a gasolina de 25 cv e câmbio de seis marchas, o veículo poderia chegar a 50 km/h, trabalhar com ferramentas agrícolas na dianteira e reboque atrás e ainda tinha espaço para levar carga na parte central.

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O primeiro protótipo surgiu em 1947 com o motor OM 636 a diesel da Daimler-Benz, que abraçou o projeto – a empresa de Friedrich ainda não tinha autorização para fazer o modelo. A produção em série começou em 1948 e, logo, cerca de 600 unidades saíam da linha de montagem por ano.

Como era preciso um grande investimento para ampliar a produção, em 1950 a Daimler-Benz assumiu a operação, tornando-se proprietária inclusive das patentes do Unimog. Com isso, o logotipo com um boi cujos chifres tinham formato de “U” deu lugar à estrela de três pontas e a fabricação do modelo foi transferida para Wörth, no sudoeste da Alemanha, onde permanece até hoje.

Em 1955 surgiu Unimog S, da Série 404. Projetado para uso militar, tinha grande distância entre os eixos e, durante sua longa trajetória (só sairia de cena em 1980), serviu com bravura as forças aramadas de vários países, como a França e a própria Alemanha.


Recentemente, um modelo U 4023 off-road passou a ser a mais nova atração do Museu do Unimog, em Gaggenau, na Alemanha, onde os visitantes podem guiar vários desses caminhões em pistas repletas de obstáculos.

Reconhecido mundialmente por sua robustez, o modelo tem cabine dupla, com amplo espaço para o motorista e mais seis pessoas.

O U 4023 tem motor OM 934 LA de quatro cilindros em linha, que gera 233 cv de potência e 90 mkgf de torque. A tração é nas quatro rodas e seu peso total é de 10 toneladas.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.