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VW Gol 1.6 I-Motion encara Nissan March 1.6 CVT
Comparativo

VW Gol 1.6 I-Motion encara Nissan March 1.6 CVT

Compactos se encaram em versões de topo Highline e SL equipadas com câmbios automatizado e automático

07 de set, 2016 · 7 minutos de leitura.

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 VW Gol 1.6 I-Motion encara Nissan March 1.6 CVT
Na versão de topo ambos os modelos custam mais de R$ 58 mil

Em 2014, o March estreou no País e derrotou o Gol em um comparativo de versões com câmbio manual. Agora, Nissan e Volkswagen se enfrentam novamente, nas opções de topo SL e Highline. Desta vez, porém, a disputa é entre modelos sem pedal de embreagem, que partem de R$ 58.990 e R$ 58.070, respectivamente.

Nessa reedição, a vitória ficou novamente com o March, que acaba de receber câmbio CVT, de relações continuamente variáveis – o do Gol é automatizado de apenas uma embreagem. O Nissan tem peças e seguro mais baratos que o Volks, além de mais conteúdo.

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De série, os dois vêm com direção assistida (elétrica no March e hidráulica no Gol), travas e vidros elétricos, central multimídia, alarme e ar-condicionado (digital no Nissan). Para se equiparar ao March, que traz navegador GPS na central multimídia, o Gol requer um pacote que custa R$ 1.911. Ainda assim, fica faltando a câmera na traseira. A mais no VW há ajuste de profundidade no volante – no Nissan, a regulagem é apenas de altura.

Além da leve atualização visual feita neste ano, o Gol ganhou cabine mais caprichada. Com iluminação branca, seus instrumentos são fáceis de ler – no March a luz é laranja. O espaço interno do VW também é um pouco melhor que o do rival. Há maior área para os ombros – motorista e passageiro ficam mais distantes que no March e o porta-malas tem 285 litros, ante 260 do Nissan, que tem estilo mais jovial.

Em movimento. Os dois compactos vêm com motor 1.6 flexível. O do March gera 111 cv e 15,1 mkgf e o do Gol, até 104 cv e 15,6 mkgf (com etanol), segundo dados divulgados pelas fabricantes. Os números de potência e torque do Volkswagen chegam em rotações menores, mas, como o câmbio é mais lento em responder que o do Nissan, o desempenho acaba ficando parelho.


Os dois devem em agilidade, mas o CVT deixa o March mais esperto quando se pressiona um botão na alavanca, que faz com que as passagens ocorram em rotações elevadas – o do Gol tem “vida própria” mesmo no modo Sport. O CVT do Nissan também tem funcionamento mais suave. O do VW dá trancos toda vez que troca as marchas.

Dirigibilidade do Volkswagen é bem superior. Apesar de ter câmbio ruim, o Gol entrega mais prazer ao volante que o March. Também é mais fácil encontrar a melhor posição de dirigir no VW, graças aos ajustes de distância e profundidade do volante.A direção hidráulica do Gol tem o peso ideal e é precisa nas respostas aos comandos do motorista, enquanto a elétrica do March fica leve demais com o carro acima dos 100 km/h.


Os dois têm suspensão do tipo McPherson na dianteira e com eixo de torção na traseira, que garantem boa estabilidade quando se encara uma curva com mais ímpeto. A do Volkswagen é um pouco mais firme, o que contribui para reduzir a rolagem da carroceria. Os bancos do Gol têm melhor apoio lateral que os do March. No Nissan, os ocupantes ficam “soltos” em curvas.

Opinião: Comodidade com preço salgado. A linhagem de versões mais recheadas dos compactos à venda no País chegou a um patamar de preço para lá de absurdo. Com câmbio automático/automatizado isso fica ainda pior. Mesmo nas opções de topo, não há grandes novidades que justifiquem os cerca de R$ 60 mil pedidos por March e Gol 1.6.

O Volkswagen perdeu o “timing” da mudança de geração, que poderia colocá-lo de novo na briga com os líderes de vendas. Em vez disso, recebeu um leve tapinha e não passou a trazer o bom motor 1.6 flexível de até 120 cv, que já é oferecido em outros carros da marca. O Gol manteve a defasada versão de 104 cv. Ao March, resta melhorar a dirigibilidade sem abdicar do conforto. E seriam bem-vindas no hatch as atualizações que fizeram o 1.6 gerar até 114 cv para equipar o Kicks.


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