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Leitor compra Charger 1975 após 18 anos
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Leitor compra Charger 1975 após 18 anos

Administrador de empresas paquerava cupê desde 1995 e convenceu dono a vendê-lo

15 de jun, 2014 · 6 minutos de leitura.

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 Leitor compra Charger 1975 após 18 anos
Cor amarela, faixas laterais e faróis se destacam

A história de amor entre o administrador de empresas Alan Zaitune e seu Charger R/T prova que quem persevera, alcança. Ele esperou quase duas décadas até conseguir comprar o Dodge que desejava desde 1995 quando costumava passar pela Rua Amaral Gurgel, na região central da cidade, de motoneta.

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Naquela época, Zaitune não conseguia tirar os olhos do “Dodjão” amarelo, que ficava estacionado em um posto de gasolina. “Todos do bairro conheciam o carro”, afirma ele.

Eis que, no ano passado, o administrador circulava pelas redondezas quando reencontrou o cupê parado em uma oficina mecânica, que pertence ao proprietário do carro. Zaitune não teve dúvida: entrou e fez uma proposta pelo modelo, dando início a uma longa negociação.


Ele não revela valores e conta que só conseguiu por as mãos no Dodge após fazer várias contrapropostas e se dispor a assumir inúmeras parcelas.

Após fechar o negócio, Zaitune fez alguns pequenos ajustes no carro. Trocou as rodas antigas pelas Magnum 500, de uma linha anterior do Dodge.


E o escapamento teve de receber abafador. Como o ronco do motor era muito alto, o carro havia sido reprovado na inspeção veicular. “Tive de levá-lo mais de sete vezes ao posto de vistoria”, conta. A alteração foi feita a contragosto. “Essa é uma das marcas registradas desse modelo.”

Mesmo com essas pequenas mudanças, o Charger conquistou mais de 90% dos pontos necessários para obter as placas pretas, que estão a caminho. Essa deferência é concedida aos veículos que mantêm a maior parte das características originais de fábrica.

De acordo com seu proprietário, a cor “Amarelo Magno” é um dos destaques do Dodge. “Ela foi criada para dar a conotação esportiva a um modelo único daquela época.”


Esse apelo é evidenciado pelas faixas laterais pretas, o prolongamento da base das colunas traseiras, o teto revestido de vinil e as entradas de ar no capô. “São características exclusivas, que não faziam parte de outros carros.”

O visual do modelo, aliás, é inspirado no da versão vendida no mercado norte-americano. Na dianteira, por exemplo, tanto os faróis quanto as luzes de seta ficam “escondidos” sob a grade de filetes verticais.


Na cabine, há bancos individuais na dianteira – nos demais modelos da marca eles eram inteiriços. O volante, por sua vez, tem três raios e há conta giros no painel de instrumentos, cuja moldura é recoberta por um material que imita madeira.

Força. Sob o capô do R/T há um motor 5.2 V8, que, de acordo com informações da Dodge, gera 216 cv a 4.400 rpm. O câmbio é manual de quatro marchas com alavanca no assoalho.

Ainda conforme dados da fabricante, com esse trem de força, o cupê, que pesa cerca de 1.500 quilos, pode acelerar de 0 a 100 km/h em 12 segundos.


Zaitune conta que sempre foi fã do Dodjão. Seu primeiro R/T, de 1976, comprado em sociedade com dois amigos, em 1986, foi furtado no ano seguinte.

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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.