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Aceleramos as motos da Royal Enfield que chegam ao Brasil
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Aceleramos as motos da Royal Enfield que chegam ao Brasil

Bullet 500, Classic e Continental GT estão disponíveis na única loja da marca no bairro de Moema, em São Paulo

Diego Ortiz

25 de abr, 2017 · 5 minutos de leitura.

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RE Classic
Crédito:

Apesar da centenária marca inglesa de motos Royal Enfield ter como lema “Made Like a Gun” (feito como uma arma), dando um sentido de poder, suas motos que chegam ao Brasil por iniciais R$ 18.900 estão mais para um calmo mantra, vindo diretamente da Índia, país onde os modelos da fabricante são feitos com exclusividade desde a década de 70.

Com motores monocilíndricos de 499 cm³ (a Continental GT tem o mesmo propulsor, mas com mudanças na posição da biela no virabrequim, o que elevou a litragem para 535 cm³), a Bullet 500 e Classic são feitas para passear sem pressa. Elas não são motos que se entregam na primeira, mas melhoram na segunda e o paraíso é na quinta marcha. Muito curta, a primeira marcha exige que se libere muito a embreagem para sair da imobilidade. É preciso se acostumar para não forçar muito ou deixar a moto morrer.

Na segunda marcha em subida de giro, ele mostra o bom torque de 4,5 mkgf e segue até a terceira e a quarta marcha. É aí que surge uma vibração excessiva ao tentar elevar o rpm. O tremelique é tão intenso que o piloto perde um pouco do contato com o manete de aceleração. Mas aí basta passar para a quinta que a moto se transforma. As vibrações caem uns 60% e pilotar os modelos se torna gostoso.

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Como o torque segura a moto em quinta a até uns 50 km/h, o ideal é passar correndo pela terceira e quarta e só andar de segunda e quinta para ser feliz. Já a suspensão traseira, com modesto curso de 80 mm, é uma grata surpresa ao segurar bem os impactos e, junto da dianteira de 130 mm, deixar as motos muito boas de curva.

RE Bullet 500
RE Bullet 500

Sobre a posição de pilotagem, as de ambas são certinhas, mas o banco com amortecimento de mola e mais largo e o guidom mais baixo deixam a Classic como a mais legal da RE de rodar. Na Continental GT, a Cafe Racer da linha, a posição é bem inclinada, com as pedaleiras recuadas, mas o guidão não é tão baixo. Porém, a pedaleira de freio fica muito alta e de difícil acesso. O assento é muito fino, mas em todo o segmento é assim, não chega a ser um defeito. Ainda sobre a GT, os 29 cv de potência, 2 cv a mais que nas outras, fazem certa diferença na hora de acelerar e também nas vibrações, pois o motor precisa girar menos para o velocímetro subir.


Já o estilo das motos chama atenção, em especial os da Classic verde e cromada e da Continental GT vermelha. De perto, há alguns problemas evidentes de acabamento, como um ou outro parafuso enferrujado e soldas mal realizadas, mas o conjunto final deve agradar quem for à única loja da Royal Enfield no País, localizada no bairro paulista de Moema, procurando estilo.

RE Continental GT
RE Continental GT
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