Você está lendo...
Harley-Davidson confirma moto elétrica para 2019
Notícias

Harley-Davidson confirma moto elétrica para 2019

Modelo faz parte dos planos futuros da marca, que terá também uma linha completa de motos elétricas

José Antonio Leme

07 de fev, 2018 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

moto elétrica
Harley-Davidson LiveWire
Crédito:Foto: Harley-Davidson
moto elétrica

Os tempos são outros e até a Harley-Davidson, uma das marcas de motos mais tradicionalistas do mundo, se rendeu à eletrificação. A companhia centenária acaba de confirmar que pretende apresentar sua primeira moto elétrica feita em série no segundo semestre de 2019.

O objetivo da Harley é atrair consumidores que não se identificam com os produtos tradicionais. O movimento é similar ao que vem ocorrendo com as fabricantes de automóveis.

A empresa norte-americana também informou que a nova moto será a primeira de uma linha de elétricas, que terá modelos de diferentes estilos.

Publicidade


“O mercado de motos elétricas ainda está engatinhando, mas acreditamos que modelos premium da Harley-Davidson podem ajudar a ditar um novo rumo ao segmento no mundo todo”, afirma o CEO da fabricante, Matt Levatich.

PROJETO LIVEWIRE

O ponto de partida para o novo produto é o projeto LiveWire, revelado em 2014. O modelo conceitual tem visual de naked (sem carenagem), é voltado ao uso urbano e pode chegar a 148 km/h.

O protótipo oferece dois modos de condução. No primeiro, entrega 70% dos 55 kW (cerca de 74 cv) e pode rodar 100 km. No segundo, toda a potência fica disponível, mas a autonomia cai para 50 km – a recarga completa leva 3,5 horas em tomadas convencionais.


AVALIAÇÃO

Em dezembro de 2014, o Jornal do Carro avaliou o conceito LiveWire nos EUA. Confira parte das impressões: A LiveWire é ótima para o uso urbano, coisa que quase nenhuma Harley consegue ser por causa de suas grandes dimensões e estilo de pilotagem.

Apesar de não ter um peso absurdo, com 208 kg, só o conjunto de baterias de íons de lítio pesa 113,5 kg. Por isso, a Harley teve de fazer um quadro todo de alumínio para aliviar a massa da moto. Como as baterias ficam embaixo, o centro de gravidade ficou baixo e centralizado, o que proporciona à LiveWire uma ciclística leve e ágil.

Essa Harley é capaz de gerar muitas reações, até agora nenhuma negativa. Ponto para a fabricante, que demorou para adotar essa tecnologia em suas motos, mas agora jogou tudo de uma vez, e dá um salto quântico ante suas concorrentes.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.