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Harley deve lançar moto elétrica em 5 anos
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Harley deve lançar moto elétrica em 5 anos

Harley-Davidson prepara moto com maior autonomia do que o protótipo Livewire, apresentado em 2014

16 de jun, 2016 · 4 minutos de leitura.

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 Harley deve lançar moto elétrica em 5 anos
Moto elétrica a ser lançada pela Harley-Davidson não deverá ser o protótipo Livewire, de 2014
Fabricantes de mitos de vez em quando gostam de desafiar seus clientes mais puristas, talvez para avaliarem até aonde vai a fidelidade deles. A Porsche é especialista nisso. Lançou um jipão (Cayenne), depois um jipinho (Macan), acrescentou água em seu motor boxer, instalou turbo…

Agora é a Harley-Davidson que testa a fé dos barbudos: a marca deve lançar uma moto elétrica em cinco anos.

Porém, há poucos indícios de que o novo projeto seja semelhante ao conceito Livewire, avaliado pelo Jornal do Carro no final de 2014 (as impressões, feitas em Miami, estão aqui).

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Naquela época, a marca produziu uma frota de protótipos de motos elétricas, e organizou caravanas de demonstração que circularam pela América do Norte e Europa. O projeto era tão grandioso que, na ocasião, pensava-se que aquele conceito estava bem próximo de se tornar modelo de produção. Mas não é o que parece.

Embora o estilo da Livewire tenha recebido boas críticas da mídia, é provável que a Harley elétrica a ser destinada às lojas seja bem diferente.

Para começar, segundo a Harley, a autonomia deve ser ao menos o dobro dos 80 km das máquinas experimentais. Para ter mais autonomia, é preciso ter mais bateria. E, para ter mais bateria, é necessário aumentar a densidade de energia. E isso, claro, requer mais espaço. Em carro, a equação já não é fácil. Imagine em uma moto – mesmo que seja uma Harley.


Isso significa que o maravilhosamente bem instalado motor longitudinal da Livewire não deverá chegar a conhecer o showroom de uma autorizada da marca.

O propulsor elétrico deverá ser tão pequeno quanto possível, para dar espaço à bateria, que provavelmente irá crescer.

Quanto ao visual, é provável que a nova moto não tenha o mesmo apelo tão caro a seus tradicionais clientes, uma legião formada por homens de meia idade – ou mais.


A nova linguagem visual precisa mirar o futuro, ser atraente para os jovens sem abandonar a herança da marca. Enfim, é preciso conquistar novos clientes, que desejam sentir o tal vento no rosto. E que não se incomodem se a moto faz ou não potoc-potoc-potoc quando está ligada.


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