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Jato de segurança salva motociclista de quedas
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Jato de segurança salva motociclista de quedas

Bosch usa gás para equilibrar motocicleta caso os pneus percam aderência em curvas

José Antonio Leme

13 de jun, 2018 · 4 minutos de leitura.

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Crédito: Bosch
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A falta de aderência em curvas é um dos maiores pesadelos de qualquer motociclista. As maiores causas de risco são pneus “carecas”, via com água, óleo, sujeira ou a mistura de tudo isso. O fato é que o resultado é quase sempre o mesmo: uma queda.

Para reduzir a possibilidade de acidente, a Bosch criou um sistema que utiliza um jato de gás para manter o equilíbrio da moto. Batizado de mitigação de deslizamento, o equipamento é semelhante aos utilizados por veículos espaciais na hora de fazer pequenas correções de trajetória.

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Como funciona o sistema

Por meio de sensores, o dispositivo criado pela Bosch identifica eventuais diferenças na velocidade de giro das rodas. Caso o limite de segurança seja excedido, um sinal é enviado à central eletrônica (ECU), que ativa a mitigação de deslizamento e libera o jato de gás em cerca de 20 milissegundos.

Se a moto estiver inclinada para contornar uma curva para a esquerda, por exemplo, e houver perda de aderência, a tendência é que a banda de rodagem do pneu escorregue para a direita. O gás pressurizado será expelido por uma saída do lado direito, empurrando o pneu contra o piso e permitindo que o motociclista retome o equilíbrio.

Se a curva for para a direita, o jato será liberado pela saída do lado esquerdo.


O volume de gás liberado pode variar de acordo com o peso da moto e de seus ocupantes.

Protótipo

O sistema ainda está em fase inicial de desenvolvimento e é feito com componentes adaptados de air bags de automóveis. Isso inclui o gás, do tipo frio (argônio ou hélio).

Por ora o protótipo pode ser utilizado uma única vez. É o mesmo tipo de limitação dos air bags que, se forem deflagrados, devem ser substituídos.


Por isso ainda não há previsão para a chegada do sistema ao mercado.

Segundo informações da Bosch, isso só será possível quando uma mesma carga de gás permitir que o equipamento seja ativado várias vezes. Outro desafio é viabilizar os custos de produção.


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