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Super Duke 1290 R acelera como poucas motos fazem
Avaliação

Super Duke 1290 R acelera como poucas motos fazem

Agressiva, Super Duke 1290 R tem motor V-Twin de 1.301 cm3, que entrega 179 cv

Diego Ortiz

06 de dez, 2017 · 5 minutos de leitura.

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Crédito:KTM/ Divulgação

Quando mostrou a nova Super Duke 1290 R, a KTM informou que queria que a moto parecesse assustadora. Mas a marca conseguiu mais do que isso. A naked não apenas parece: ela é. A Super Duke é uma “besta” que impressiona até quem está acostumado com modelos poderosos. E na hora de levar uma para casa, o susto permanece: são R$ 91 mil, ou quase R$ 20 mil a mais que as rivais.

Poucas motos são como a Super Duke em termos de desempenho. Além de o motor V-Twin de 1.301 cm3 com refrigeração líquida entregar 179 cv, os 14,3 mkgf de torque estão disponíveis às 7 mil rpm, rotação baixa no caso de motores de motos. É “dar mão” e passar as marchas pelo rápido quick-shift (não é preciso acionar a embreagem) para chegar aos 200 km/h num piscar de olhos.

Mas é bom não piscar muito, porque, apesar dos controles eletrônicos modernos e variados, como controle de tração sensível ao ângulo de inclinação, a KTM empina se o piloto exagerar na acelerada e sai de traseira se a retomada no fim de curva for agressiva.

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Em relação à anterior, a nova Super Duke 1290 R tem 5 cv a mais e traz atualizações na câmara de combustão para distribuir melhor o fluxo de gases, aprimorando a eficiência energética e o desempenho. Tanto que, além de andar mais, a moto ficou mais econômica, segundo dados da KTM.

A suspensão traseira está mais dura, o que é bom para pista e ruim para quem anda nas ruas. Durante a avaliação, a lombar “reclamou” ao passar por um trecho de paralelepípedos. A posição de pilotagem está mais inclinada, com o guidom 5 mm mais baixo e 18,5 mm à frente. Em números pode parecer pouco, mas em uma naked isso faz diferença na hora de acelerar e pegar vento no peito e pescoço.

Há três modos de condução: Sport, Street e Rain (chuva). O Track (pista) é um opcional que permite mudar parâmetros de controle de largada e sistema anti-empinamento e a dosagem das respostas do acelerador.


No visual, a Super Duke 2017 traz uma espécie de máscara no farol, que virou marca registrada da KTM. Isso deixa o aspecto bem agressivo e se une ao tanque largo e à rabeta praticamente sem carenagem e bem elevada, exibindo apenas a treliça da estrutura.

O painel agora é de TFT colorido. Fácil de visualizar mesmo durante o dia, sob o sol, pode ser personalizado para exibir funções mais complexas ou só o básico, como conta-giros, velocidade em destaque e indicação da marcha engatada.

PRÓS

Desempenho: Naked acelera muito, com agressividade, e tem ótimo torque em qualquer faixa de rotação do motor.


CONTRAS

Preço: V2 tem cilindrada maior que motores das rivais, mas a KTM cobra por isso. A tabela é quase R$ 20 mil mais alta.

FICHA TÉCNICA

Motor: 1.301 cm³, V2, gasolina

Potência (cv): 179 a 9.750 rpm


Torque (mkgf): 14,3 a 7.000 rpm

Câmbio: Seis marchas

Tanque: 18 litros


KTM/ Divulgação
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Jornal do Carro
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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.