O SUV Compass foi uma das estreias mais avassaladoras dos últimos tempos. Desde seu lançamento, no fim de 2016, o Jeep pernambucano assumiu a liderança do segmento de SUVs médios e passou a vender algo próximo da soma de todos os rivais.
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Diferentemente de modelos que fizeram uma grande estreia apoiados em programas de pré-venda, mas depois perderam terreno, como o Renault Kwid, por exemplo, o SUV Compass manteve sua boa posição. E foi além. Ao longo de 2017, o Jeep assumir a liderança de todo o segmento de SUVs, à frente inclusive dos compactos.
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Trata-se de um feito e tanto, já que o SUV Compass parte de R$ 109.990. Os preços dos compactos começam na faixa dos R$ 70 mil.
Por essas razões o SUV Compass foi o escolhido para ser a estrela do segundo capítulo da série “Qual é o segredo”. A primeira análise, dedicada ao Toyota Corolla, você pode ler aqui.
A FORÇA DA MARCA
Em minha opinião, o principal trunfo do SUV Compass é a força da marca. Junto com a Land Rover, especializada em luxo, a Jeep é reconhecida pelo consumidor como uma tradicional fabricante de utilitários-esportivos.
Assim, quem quer um “jipe” de verdade tem a marca Jeep como referência. A Jeep, após ser vendida para a Fiat, começou a produzir carros no Brasil, no município de Goiana, em Pernambuco.
O primeiro Jeep nacional dessa nova era da marca, agora integrante do grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles), chegou em 2015. Trata-se do Renegade.
O compacto também estreou bem, brigando com o Honda HR-V pela primeira posição de vendas do segmento. Mas logo perdeu o embalo inicial.
O consumidor de SUVs viu que o Renegade não tinha dois dos aspectos mais importantes para o segmento: bom espaço interno e porta-malas amplo. O motor 1.8 flexível das versões de entrada também está longe de ser um exemplo de desempenho e economia.
Eis que, então, veio o SUV Compass. Embora seja mais caro que o Renegade, ele é maior, mais espaçoso e tem bom porta-malas.
Para melhorar, embora também não seja muito econômico, seu motor 2.0 flexível oferece desempenho superior ao do Renegade.
Resultado: finalmente, o consumidor de SUVs encontrou o Jeep ideal para comprar. E comprou. Muito.
DIVERSIDADE DE VERSÕES
O SUV Compass consegue se impor em todas as frentes do segmento de SUVs médios. Há versões com flexível e a diesel, tração 4x2 e 4x4. O câmbio é automático e tem versões de seis ou nove marchas.
Com uma gama tão diversificada, ele atende diversos tipos de clientes. Coisa que nenhum concorrente, até agora, faz.
Quem quer um SUV a diesel por menos de R$ 200 mil, por exemplo, tem no Jeep Compass uma das poucas opções. Também não há tantos modelos modernos com tração 4x4 nessa faixa de preço.
Além disso, desde as versões mais simples, o Jeep Compass sai de fábrica muito bem equipado. A obrigatória central multimídia (muito fácil de usar, por sinal) é de série.
Por fim, como quase todo carro do Grupo FCA, o Jeep Compass tem excelente programa de vendas diretas (para frotistas, empresas, etc), feitas com desconto.
Uma comparação entre o Jeep Compass e seu rival direto mais próximo, o Hyundai ix35, mostra essa força. No primeiro bimestre de 2018, as vendas diretas representaram 42% do total de emplacamentos do Compass. No caso do ix35, o índice foi de 20%.
RIVALIDADE COM COMPACTOS
Mesmo sendo considerado um médio, o Jeep Compass também concorre com as versões de topo de alguns compactos. Desses, o principal é o Honda HR-V, mas também dá para considerar, na lista, o Hyundai Creta.
Em comparação direta com o HR-V, a versão de topo do Honda, Touring, custa R$ 107.900. A pequena diferença (de R$ 2.090) pode muito bem fazer o consumidor optar pelo Jeep Compass.
Afinal, o modelo é de segmento superior. Assim, acaba garantindo, além de mais espaço, status a seu comprador.
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JEEP COMPASS X CONCORRENTES
Qual é o tamanho da vantagem do Jeep Compass? É imensa, quando comparada a dos concorrentes diretos. No primeiro bimestre deste ano, teve 8.332 emplacamentos.
Segundo colocado, o ix35 somou 1.364 unidades vendidas (16% das vendas do Compass). Terceiro da lista, o ASX teve 844 exemplares emplacados, ante 788 do Sportage (quarto) e os 761 do Tucson (quinto).
Sexto colocado, o Equinox somou 741 emplacamentos. O X1, oitavo, tem 588, e o GLA, nono, 542. Por fim, o décimo, RAV4, soma 506 exemplares vendidos.
Faça as contas: a soma das vendas do segundo ao décimo colocado resulta em 6.134 unidades. O que isso significa? Nem juntos os concorrentes conseguem alcançar o Jeep Compass.
Nem mesmo o Toyota Corolla, que está há anos no mercado e lidera o segmento de sedãs médios, tem uma vantagem tão grande.
Há um único rival que pode ameaçar a soberania do Compass. Mas a liderança esse novato não deve conseguir tirar do Jeep.
Trata-se da nova geração do Volkswagen Tiguan (confira detalhes aqui). O SUV chegará ao País em abril com boa diversidade de versões e promessa de preço competitivo.
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