Sistemas automatizados sempre dão a sensação de que não precisam de manutenção, que vão funcionar para sempre sem problemas. Mas há risco de falhas. No caso dos câmbios automáticos há dois fatores que exigem cuidados: o lubrificante da transmissão e o líquido do radiador.
Cada carro tem sua própria especificação para a troca do lubrificante da transmissão. Deve ser feita, em média, a cada 30 mil km se for mineral e 50 mil km se for sintético.
Um sintoma que indica que o óleo “engrossou” (e precisa ser trocado) é quando o carro começa a perder rendimento ou começa a trepidar em arrancadas. Isso ocorre porque, se não houver lubrificação adequada, os discos de troca e os dentes do conjunto sofrerão mais com o excesso de fricção.
Se o prazo não for respeitado, o sistema pode superaquecer e quebrar. No trânsito, com o excesso de anda e para e as curtas distâncias, os componentes aquecem muito e o lubrificante pode não chegar à temperatura ideal – por isso, é bom ficar bem atento.
O lubrificante para transmissão é bem mais caro que o para motor, por exemplo. Cada litro custa cerca de R$ 50 – são necessários, em média, seis litros no sistema. Isso para motores menores, de até 1,6 litro.
Além do lubrificante, é importante ficar atento ao arrefecimento do motor. A mistura que vai no radiador ajuda a refrigerar a transmissão, já que, se o propulsor superaquecer, o câmbio também fica quente.
Preço
Todo esse cuidado tem um bom motivo, que é a saúde do bolso. Reparar o câmbio automático pode custar R$ 5 mil ou mais, pois exige a troca completa de juntas, anéis de vedação e até dos discos. Já a troca apenas do conversor de torque custa em torno de R$ 1,5 mil.