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Escapamento do carro pede cuidados simples
Manutenção

Escapamento do carro pede cuidados simples

Sistema que faz exaustão dos gases do motor pode sofrer com oxidação causada por combustível e reparo parte de R$ 180

12 de abr, 2017 · 6 minutos de leitura.

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 Escapamento do carro pede cuidados simples
Maior parte das peças pede substituição completa, sem reparos

Chamado popularmente de escapamento, o sistema de exaustão do veículo serve para filtrar as emissões de gases e reduzir o ruído do motor. Se algum componente do conjunto estiver danificado, além de haver aumento do consumo de combustível, pode render multa (grave) no valor de R$ 190,23 e cinco pontos no prontuário do motorista.

Em geral, as peças não podem ser reparadas. Dependendo do tipo de veículo e do que for preciso substituir, os preços vão de R$ 180 a R$ 1.500.

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O sistema é formado por quatro partes interligadas. O tubo dianteiro (a maioria dos carros tem motor na frente) capta os gases gerados pela queima do combustível e os leva ao catalisador, onde a toxicidade é reduzida em até 95%.

A seguir, os resíduos passam pelos silenciosos intermediário e traseiro, que diminuem o nível de ruído do motor e ajudam a filtrar os poluentes. Por fim, são expelidos no ar.

Com o tempo, é natural que essas peças se deteriorem e tenham de ser trocadas. A principal causa é a oxidação provocada pela água liberada no processo de combustão.


“O uso de combustível de má qualidade acentua a corrosão, por conter maior quantidade de água misturada”, diz o responsável por escapamentos da oficina Bidu, na zona sul da cidade, Reginaldo Nogueira. “Às vezes, a chapa do escapamento ainda está boa, mas o miolo ficou podre.”

A durabilidade média de um sistema original, em que as peças são de aço inoxidável, varia de cinco a dez anos. “Na hora da troca, o mais comum é recorrer a peças galvanizadas, que são mais baratas e duram de dois a três anos”, diz Nogueira.

Proprietário da Tarumã Escapamentos, na zona norte, Ricardo Arena lembra que peças defeituosas colaboram com o aumento do consumo. “O sistema de alimentação pode receber informações erradas e enviar mais combustível que o necessário”, explica. Além disso, se os gases não forem filtrados, tornam-se prejudiciais à saúde.


Preços. Nas oficinas da cidade, dá para trocar apenas a peça defeituosa. O catalisador é a mais cara, mas responde por cerca de apenas 10% dos problemas e dura até 100 mil km. Já os silenciosos intermediário e traseiro, mais sujeitos a desgaste, são trocados em, respectivamente, 30% e 60% dos casos de problemas.

Na Tarumã, o catalisador de um Volkswagen Gol 1.0 custa R$ 850, o silencioso intermediário, R$ 180 e o traseiro, R$ 250. No caso do Honda Civic 1.8, os preços são de R$ 1.500, R$ 250 e R$ 300, respectivamente.

Já na Bidu, um catalisador do Ford EcoSport sai por R$ 1.000 e cada silencioso custa R$ 250 (motor 1.6) e R$ 520 (versões 2.0). Para o Chevrolet Onix, o catalisador custa R$ 1.300 e cada silencioso, R$ 250.


Arena diz que a manutenção preventiva evita despesas desnecessárias. “O ideal é fazer uma revisão a cada seis meses”, aconselha. Se o silencioso estiver trincado, por exemplo, conforme o caso é possível soldá-lo.

Outra dica para prolongar a durabilidade das peças é evitar deixar o carro muito tempo sem uso. Para funcionar corretamente, o sistema deve atingir a temperatura ideal e não acumular muita água, o que reduz a ocorrência de oxidação.


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