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Etanol vale a pena em poucos carros do Brasil
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Etanol vale a pena em poucos carros do Brasil

Além da diferença de preço do etanol ante o da gasolina, é preciso considerar o rendimento do veículo para saber qual combustível é mais interessante

Redação

13 de dez, 2017 · 5 minutos de leitura.

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Hyundai HB20 etanol
Vale a pena
Crédito:HB20 1.0 automático é líder entre os carros que rendem mais com etanol (Foto: Felipe Rau/Estadão)
Hyundai HB20 rendimento com etanol

Em 12 meses, o preço do litro da gasolina subiu mais de 20%, embora a inflação esteja sob controle. Diante das oscilações no valor do combustível mineral, o etanol voltou a ser uma alternativa que, dependendo do caso, é interessante para quem tem carro com motor flexível. Mas nem sempre o derivado da cana-de-açúcar compensa.

Para saber qual opção vale a pena, o consumidor se acostumou a utilizar um cálculo simples: dividir o preço do litro do etanol pelo do da gasolina. Se o resultado for inferior a 0,7, o indicado é o combustível vegetal. Caso contrário, é o derivado de petróleo que vale a pena.

No entanto, há um cálculo que pouca gente leva em consideração. Nos veículos flexíveis há grandes variações na relação entre o consumo de etanol e gasolina. Por isso, para alguns carros, mesmo que o resultado da divisão de preços seja inferior a 0,7, usar etanol não compensa.

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Para saber se o carro tem bom rendimento com etanol, é preciso fazer um cálculo utilizando dados de consumo. Basta dividir a média obtida com o uso do combustível vegetal pelo equivalente quando se usa gasolina.

Utilizamos os números divulgados pelo Conpet, programa do Inmetro que classifica a eficiência energética dos motores de veículos, para averiguar quais carros flexíveis à venda no Brasil têm melhor e pior rendimento quando abastecidos apenas com etanol. A constatação é que só compensa utilizar etanol se o resultado for igual ou maior que 0,7.

A maioria dos veículos oferecidos no mercado ficou na média. Assim, com base nos preços médios do litro do etanol e da gasolina divulgados pela Agência Nacional de Petróleo (respectivamente de R$ 2,715 e R$ 3,90), quem roda cerca de 1.000 km por mês terá o mesmo gasto, independentemente do combustível escolhido.


A dica é: quem quer autonomia – viaja muito e não pode ficar parando para abastecer, por exemplo – deve abastecer com gasolina. O etanol é ideal para quem roda na cidade. Além de ser menos poluente, deixa o carro mais esperto em saídas de semáforo e subidas.

O grupo de carros que vão melhor com etanol em vez de gasolina é restrito. O campeão é o Hyundai HB20 1.6 com câmbio automático. Depois vêm o Kia Picanto, o Fiat Uno 1.3 e o VW Fox 1.6 (todos com transmissão manual), entre outros.

O modelo que apresenta o pior rendimento quando abastecido com etanol em vez de gasolina é a Chevrolet S10 com motor 2.5 e câmbio manual.


Calculamos quanto os donos do hatch e da picape que rodam 1.000 km por mês gastarão se abastecerem seus carros apenas com gasolina e com etanol. Confira no quadro abaixo.

 


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