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Leitor sofre com os freios de seu Prisma
Defenda-se

Leitor sofre com os freios de seu Prisma

Pedal do freio fica duro e trepida, dificultando frenagem; engenheiro da GM teria dito que é normal

27 de abr, 2016 · 8 minutos de leitura.

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 Leitor sofre com os freios de seu Prisma
Sedã Chevrolet apresenta dificuldades na frenagem, de acordo com o leitor

Meu Prisma veio de fábrica com problemas e, em dez meses, voltou várias vezes à oficina. Quase tudo foi resolvido, mas há um defeito que persiste: em algumas ocasiões, o pedal do freio fica duro, trepida e faz barulho, tornando difícil a frenagem. Em uma das ocasiões em que o carro falhou, quase sofri um acidente. Meu Prisma está há oito dias na autorizada, aguardando a perícia da fábrica. Sou representante comercial, uso o veículo para trabalhar e comprei um modelo novo para não ter problema. Li queixas similares sobre os freios da linha Onix (com o qual o sedã divide base) e acho que a vida da minha família está em risco.
Junior Zamora, CAPITAL

Chevrolet responde: o veículo foi reparado e entregue ao cliente.

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O leitor conta que não houve solução para a rigidez do freio, pois o engenheiro da marca lhe disse que trata-se de uma característica do carro, à qual ele teria de se adaptar. Ele não ficou satisfeito com a explicação.

Advogado: o prazo de 30 dias para a empresa realizar o reparo do carro só se justifica se demonstrada a necessidade de imobilização do veículo por esse período. Em caso de meras questões internas, como a espera de funcionário para perícia, não é correto fazer o consumidor esperar. Se não ficou convencido com a explicação do engenheiro, o leitor pode pedir um laudo técnico atestando que o freio está em condições normais.

Confira outras queixas publicadas na coluna Defenda-se de hoje


FORD NEW FIESTA
Embreagem que ‘patina’

Meu Fiesta tem um ano de uso e 15 mil km. Há três meses, ele começou a apresentar problema na embreagem, que “patina” entre a primeira e a segunda e entre a segunda e terceira marchas. Na autorizada, foi feita uma reprogramação do software, que não resolveu o problema. Depois, concordaram com a troca da embreagem, mas três meses já se passaram e não há sequer previsão de entrega da peça. Será que vão esperar nossa garantia acabar para nos atender e nos fazer pagar pelo serviço?
Luiz Edson Falleiros, CAPITAL

Ford responde: a questão foi solucionada.


O leitor diz que teve de aguardar cinco meses até o reparo, pois a montadora alegava não ter peças em estoque.

Advogado: a lei impõe que a montadora providencie o conserto do veículo em até 30 dias, sob pena de ter de trocá-lo. A falta de peças não afasta a aplicação dessa norma, por se tratar de problema exclusivo da empresa, além de violação do dever legal de manter o mercadoabastecido.

LIFAN X60
Sem garantia para a embreagem


Meu X60 passou por todas as revisões recomendadas e já rodou 25 mil km. Ultimamente, a embreagem tem patinado e, com isso, o carro custa a subir os aclives do bairro de Perdizes, onde resido. Na semana passada, levei o veículo à revisão de dois anos e o consultor da concessionária disse que o custo seria de R$ 800. Depois, me ligou informando que o reparo da embreagem custaria mais R$ 1.400. Argumentei que o carro estava dentro da garantia e ele respondeu que a embreagem é coberta somente durante os primeiros 10 mil km. Como não posso prescindir do veículo, tive de autorizar o serviço, mesmo discordando do pagamento. Com essa garantia que na prática só vale até o carro quebrar, não vejo nenhuma vantagem em fazer as revisões, já que a troca de óleo e filtros pode ser feita em oficinas independentes pela metade do preço.
Ary Goulart Curty Jr., CAPITAL

Lifan responde: o item embreagem não está coberto pela garantia, conforme informa o manual do proprietário do veículo.

O leitor diz que a embreagem aparece no manual em uma lista de peças excluídas da garantia e reconhece que só reparou nesse detalhe depois da queixa. Ele conta que, no ato da compra, o vendedor apenas alardeia que a garantia do carro é de 36 meses, sem mencionar as ressalvas descritas no manual.


Advogado: além da garantia contratual, a empresa também responde pelo produto durante o tempo de durabilidade de suas peças, na chamada garantia legal. Nesse caso, o reparo sem ônus só não será exigido em caso de dano provocado pelo consumidor ou desgaste natural.

Quer participar? Envie um resumo do problema com seu nome, telefone, endereço com município, RG e CPF para o e-mail: jcarro@estadao.com


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