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Tempo seco compromete borracha da palheta
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Tempo seco compromete borracha da palheta

Saiba o que fazer para manter o limpador de para-brisa funcionando corretamente

25 de ago, 2014 · 7 minutos de leitura.

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 Tempo seco compromete borracha da palheta
Palhetas devem ser substituídas pelo menos uma vez ao ano, pois sua borracha sofre ressecamento

O clima está seco e há muito tempo não há grande volume de chuva. O limpador de para-brisa tornou-se praticamente obsoleto. Pois saiba que são essas condições climáticas as que mais contribuem para o ressecamento das borrachas das palhetas do sistema, comprometendo sua função de retirar a água do vidro dianteiro (e, em alguns, o traseiro) do carro e, consequentemente, a segurança, uma vez que a visibilidade ficará reduzida em caso de chuva.

“As palhetas devem ser substituídas pelo menos uma vez por ano ou quando houver qualquer sinal de desgaste”, diz o analista técnico do Centro de Experimentação Viária (Cesvi) Daniel Lauri. Vidro cheio de riscos e excesso de barulho e vibrações quando o sistema está em funcionamento são sinais de desgaste na borracha.

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PRECAUÇÕES

Usar o limpador em tempo quente e sem chuva contribui para seu desgaste prematuro. Nesse tipo de clima, há também acúmulo de poeira na borracha da palheta, o que afeta sua durabilidade. Lauri recomenda tomar cuidado com detritos, como pequenos pedaços de galhos de árvores, que podem riscar o para-brisa na hora de usar o limpador.


“Nunca utilize querosene e outros produtos químicos na limpeza da borracha; apenas um pano úmido e sabão neutro”, diz Lauri. “Para aumentar a durabilidade, pode-se usar até um spray específico para a limpeza da borracha a cada três ou quatro meses, o que vai evitar que o componente resseque”, recomenda o diretor da sociedade de engenheiros automotivos SAE Brasil, Francisco Satkunas.

Esse spray amacia a borracha, protegendo-a contra as interferências do meio ambiente e contribuindo para o melhor deslizamento das palhetas contra o vidro.

No recipiente da água do limpador, é terminantemente proibido utilizar detergente comum. Se quiser colocar um produto além da água no reservatório, opte pelos específicos. “O detergente de cozinha pode entrar no motor elétrico do sistema e danificá-lo”, diz Satkunas.


Quanto ao motor elétrico do sistema de limpador, não há recomendações para aumentar sua durabilidade. “É um componente de longa duração”, fala Lauri. Porém, recomendam-se alguns cuidados para não comprometer seu funcionamento. “Além de evitar detergente, é importante verificar se não há nenhum objeto sobre o vidro impedindo seu funcionamento”, diz Satkunas. “Não é o caso do Brasil, mas, em países com ocorrência de neve, é preciso removê-la do vidro antes de usar o limpador.”

TROCA


No sistema, apenas as palhetas devem ser trocadas. “Em alguns veículos, dá para substituir somente a borracha”, explica Satkunas. Neste caso, o proprietário do carro gastará menos.

“As palhetas não são iguais, e é preciso adquirir uma específica para cada modelo de veículo”, alerta Lauri. O especialista avisa que, antes de comprar uma palheta de vendedores ambulantes no trânsito, uma prática comum na cidade de São Paulo, por exemplo, o motorista observe se aquela peça tem encaixe compatível com o limpador do carro.


PREÇOS

A maioria dos veículos utiliza duas palhetas. “As simples eram mais comuns antigamente; hoje, raramente são usadas em carros de rua”, afirma Satkunas.

Para um Fiat Uno Vivace 2014, a média de preço na rede de concessionárias é de R$ 83 o par. No mercado independente, dá para encontrar o jogo de palhetas por R$ 39,90.


Para o Ford Fiesta 2014, são R$ 200 nas autorizadas e R$ 130 em lojas independentes, em média. No caso do Honda Civic, também 2014, os preços são de, respectivamente, R$ 140 e R$ 160.

Dá para comprar, nas autorizadas, apenas a borracha da palheta do Honda Civic. O par sai por R$ 47, em média.

Confira amanhã (26), na sequência do nosso especial de serviços, como e quando trocar os amortecedores.


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