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Volvo XC60 teve carbonização do motor com 45 mil km
Defenda-se

Volvo XC60 teve carbonização do motor com 45 mil km

Como garantia havia expirado, leitor teve de arcar com o reparo, que chegou a 20% do valor do veículo

08 de fev, 2017 · 8 minutos de leitura.

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 Volvo XC60 teve carbonização do motor com 45 mil km
Volvo alegou uso de combustível de má qualidade e fim de garantia para cobrar R$ 14.500 pelo reparo

Meu XC60 com 45 mil km rodados começou a apresentar panes súbitas e a autorizada cobrou R$ 4 mil para trocar um sensor que estava com defeito. Uma semana depois, um alerta de mau funcionamento do motor se acendeu no painel. Dessa vez, foi diagnosticada a carbonização do motor e o orçamento para abertura do bloco e retífica do cabeçote foi de R$ 19 mil. Negociei o valor, que ficou em R$ 14.500. Disseram que o problema teria sido causado por uso de combustível de má qualidade, mas sempre abasteço em postos de bandeiras conhecidas, portanto não aceito o argumento, mas não tive escolha e autorizei o reparo. Não esperava um defeito do tipo em um carro dessa faixa de preço, com tão baixa quilometragem e todas as revisões em ordem.
Héctor Bottai, CAPITAL

Volvo responde: como o veículo tinha mais de 36 meses e não estava em dia com as revisões de 30 mil km e 40 mil km, não foi possível fazer os reparos em garantia. A concessionária e o cliente entraram em acordo quanto ao valor do conserto.

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O leitor sustenta que a montadora deveria ter arcado com uma “parte substancial” do valor do reparo. Ele argumenta que não é normal um carro de luxo ter carbonização do motor com 40 mil km, com o custo do reparo chegando a 20% do valor de mercado do veículo.

Advogado: o leitor pode tentar reaver na Justiça o valor gasto com o reparo. Em sua defesa no processo, a montadora terá de demonstrar que o defeito resultou de culpa exclusiva do consumidor ou uso de combustível de má qualidade. Vale lembrar que, mesmo após o fim da garantia contratual, a empresa ainda responde pela qualidade do produto durante o tempo de vida útil de suas peças.

Confira outras reclamações publicadas na coluna Defenda-se desta semana


FORD FIESTA
Troca de velas precoce

Na quarta revisão de meu Fiesta 2013/2014, 24 meses após a compra, foram trocadas as velas de ignição. Mas meu carro tinha apenas 15.271 km rodados, e a recomendação expressa no manual e no site da Ford é que esse procedimento seja feito a cada 40 mil km. Em duas oportunidades, questionei o fabricante sobre esse procedimento divergente, mas não obtive resposta.
Massaaki Akabane, CAPITAL

Ford responde: entramos em contato com o cliente e a questão foi esclarecida.


O leitor diz que a atendente da Ford pediu que ele enviasse por e-mail alguns documentos para análise, mas o endereço eletrônico fornecido devolveu as mensagens. Ele enviou duas cartas à montadora, mas a dúvida não foi respondida.

Advogado: se o manual recomenda o procedimento a cada 40 mil km e a montadora não apresentou esclarecimento técnico convincente, o caso deve ser levado ao Procon, para que a empresa justifique a conduta destoante, sob pena de ter de ressarcir o valor gasto pelo leitor.

FORD FIESTA
Trepidação no câmbio


Com menos de 10 mil km rodados, meu Fiesta 2014 começou a apresentar trepidação nas trocas de marcha do câmbio automatizado. Em vez de trocar logo a peça, a concessionária fez apenas uma reprogramação do sistema, que não resolveu o problema. Seguiram-se incontáveis reprogramações e atualizações de software. Soube pela mídia que a Ford havia sido notificada pelo Procon e prolongado a garantia dos câmbios defeituosos para cinco anos, mas a central de atendimento da empresa informou que meu carro não havia sido contemplado. A autorizada finalmente concordou em trocar o câmbio, mas já aguardo a chegada da caixa há mais de 30 dias. A transmissão já deu trancos tão fortes que tive de acionar o freio de estacionamento para não colidir com outro veículo.
Thiago Takagi, CAPITAL

Ford responde: caso resolvido.

O leitor confirma que o carro teve o câmbio trocado e a garantia estendida para esse item.


Advogado: a lei exige que a empresa faça o reparo definitivo do produto em até 30 dias, e a falta de peça não lhe dá o direito de exceder esse limite, já que sua obrigação é manter componentes em estoque. Caso o reparo não ocorra dentro do prazo, o consumidor tem direito à troca do carro.

Quer participar? Envie um resumo do problema com seu nome completo, RG, CPF, endereço com município e telefones de contato para o e-mail jcarro@estadao.com


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