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BMW pode montar novo carro no Brasil
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BMW pode montar novo carro no Brasil

Quinto produto da BMW pode ter a mesma base dos novos Série 3 e X4

Rafaela Borges

19 de mar, 2019 · 4 minutos de leitura.

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BMW X4
X4 será nacionalizado
Crédito:Foto: BMW/Divulgação
Novo BMW X4

A BMW está investindo R$ 125 milhões para montar em Araquari (SC) as novas gerações de Série 3 e X4. Além dos dois produtos, há a possibilidade de a marca fazer, na planta catarinense, um terceiro, dentro do mesmo pacote de investimento.

Se bater o martelo sobre a fabricação desse produto, a fábrica terá oito modelos em montagem. Isso porque, além dos novos Série 3 (será nacionalizado em julho) e X4, a planta já faz o SUV compacto X1 e o X3.

A fábrica de Araquari também já produziu o Mini Countryman. Porém, desde o lançamento da nova geração do modelo, ele passou a ser trazido da Europa.

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Quinto produto nacional da BMW

De acordo com uma fonte ligada à BMW, com os novos investimentos aplicados, a fábrica de Araquari pode fazer mais que o planejado. A adaptação seria rápida.

Por isso, é grande a possibilidade de que esse novo produto, se confirmado, seja montado na mesma base de Série 3 e X4. Essa plataforma também é usada no X3.

A mesma fonte descarta o retorno da produção de um novo produto da Mini. Informa também que o produto em estudo não é inédito (ainda não apresentado).


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A fábrica da BMW, inaugurada em 2014, tem capacidade para produzir 32 mil carros por ano. Atualmente, opera com apenas 35% da capacidade.

Além disso, se prepara para a nacionalização do novo Série 3. O modelo antigo já deixou de ser montado por lá.


A BMW é a única marca de luxo que está aplicando novos investimentos para nacionalizar seus produtos. A Audi, ao menos por enquanto, não vai produzir a segunda geração do Q3 no País. Ele será importado a partir do ano que vem.

O A3 Sedan continuará, por ora, sendo feito em São José dos Pinhais (PR). A nova geração ainda não foi revelada na Europa.

Há rumores sobre a nacionalização do Mercedes-Benz Classe A Sedan. A montadora, porém, não confirma a montagem do modelo em Iracemápolis (SP), que por ora faz o GLA e o Classe C (reestilizado recentemente).


A Land Rover também ainda não confirmou se vai nacionalizar o novo Evoque, que está sendo lançado mundialmente. Sua planta em Itatiaia (RJ) também monta o Discovery Sport.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”