Nova York pode ser a primeira cidade americana a cobrar pedágio para acesso ao centro da cidade. A medida servirá para aliviar o trânsito complicado da Grande Maça. Cidades como Londres, Cingapura e Estocolmo adotaram o sistema com resultados positivos.
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Nas cidades onde o sistema já funciona, houveram melhorias no trânsito e na qualidade do ar, além de permitir o investimento em transporte público e infraestrutura urbana. O professor de políticas públicas da Universidade de Maryland John Rennie afirmou em entrevista o jornal USA Today que o pedágio pode funcionar em Nova York.
Ainda assim, questões práticas precisam ser resolvidas para que o sistema dê certo. A cidade precisará usar câmeras para ler as placas dos carros e fazer a cobrança do pedágio. A área pedagiada deverá ficar ao sul do Central Park e o custo deverá superar os US$ 10 para circulação, cerca de R$ 38.
No entanto, outros especialistas preveem que o trânsito pode não melhorar tanto com o pedágio. A previsão é que os nova iorquinos absorvam o custo extra com o pedágio e continuem dirigindo nas regiões centrais. Outra parte poderá passar a usar serviços de transporte individual, como Uber e Lyft. Ainda assim, não é esperado que muita gente deixe de usar carros para usar o transporte público.
Em todo caso, o montante arrecadado com o pedágio será usado para melhorar o transporte público. O pedágio pode começar a ser cobrado a partir de 2021.
Londres tem pedágio desde 2003
Londres usa o sistema de cobrança urbana desde 2003. Inicialmente, os resultados foram muito positivos, com redução de 30% nos engarrafamentos e aumento de 6% na velocidade dos ônibus. As emissões de poluentes caíram 12%. No entanto, mais recentemente, o trânsito vem piorando novamente, mesmo com a tarifa tendo aumentado de 5 libras para 11,50 libras (cerca de R$ 60).
Uma das razões foi a enxurrada de carros de aplicativos, que ainda são isentos da tarifa. Tanto que a prefeitura de Londres vai revogar a isenção a partir da próxima segunda-feira (8).