O ex-CEO da Nissan Carlos Ghosn voltou a alegar inocência em um vídeo divulgado por seus advogados. O executivo acusa outros membros do alto escalão da empresa de conspiração. A ação teria levado à sua prisão por desvio de verbas da companhia. O vídeo de quase dez minutos foi gravado para caso Ghosn não conseguisse atender à coletiva de imprensa convocada para a última quinta-feira.
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Conforme esperado, o ex-chefão da Nissan foi preso novamente em Tóquio. Segundo Ghosn, os executivos por trás da conspiração contra ele foram motivados por “medo e inveja”. As ações dele que levaram à aliança com a Renault. Ainda de acordo com o executivo, outros membros da empresa confundiram sua liderança com ditadura. Também afirmou que ele mesmo era o maior defensor da autonomia da Nissan ante a Renault.
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Ghosn se diz ainda preocupado com o futuro da empresa, se a cúpula que assumiu será capaz de comandar a fabricante. Segundo o advogado de Carlos Ghosn, Junichiro Hironaka, uma parte do vídeo onde o executivo citava nomes foi retirada por motivos legais.
Bonificações indevidas pela Nissan
A Nissan não comentou o caso. No entanto, afirmou que uma investigação interna mostrou que Ghosn teria falsificado documentos para encobrir bonificações particulares. “O foco da empresa continua em encontrar pontos que levaram aos desvios de conduta do executivo” afirmou o porta-voz da marca Nicholas Maxfield.