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Tiggo 2e deve ser lançado no Brasil
Avaliação

Tiggo 2e deve ser lançado no Brasil

SUV elétrico também deve ser feito na fábrica da Caoa Chery em Jacareí, interior de São Paulo

22 de abr, 2019 · 4 minutos de leitura.

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Tiggo 2e
Chery Tiggo 2e
Crédito:Crédito: Tião Oliveira/Estadão

Primeiro carro feito pela Caoa Chery no Brasil, o Tiggo 2 ganhará versão elétrica em breve. Assim como o Arrizo 5, o SUV a eletricidade será produzido na mesma fábrica do com motor a combustão. O “OK” para a produção do Tiggo 2e, que está em fase de homologação, depende da conclusão do estudo de viabilidade econômica.

No visual, o Tiggo 2e é praticamente igual ao “irmão” convencional. Na unidade avaliada na China, as principais diferenças ficaram restritas ao seletor giratório que faz as vezes da alavanca de câmbio (gual à do Arrizo 5e) e ao indicador de nível das baterias no quadro de instrumentos.

O revestimento dos bancos, de couro sintético, era cinza com detalhes azuis. O carro avaliado não trazia nem o sistema de ajuste de recuperação de energia em frenagens nem câmera na traseira.

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Na pequena e plana pista da fábrica, o SUV com motor elétrico mostrou comportamento estável, embora seja menos firme que o Arrizo 5e. Isso se deve ao centro de gravidade mais alto – a distância em relação ao solo é de 18,6 cm.

Como as baterias ficam sob o assoalho, o porta-malas manteve os 420 litros de capacidade do carro com motor a combustão. A autonomia é de 351 km.


O motor tem 95 kW de potência (cerca de 130 cv) e o torque é de 28,1 mkgf. De acordo com informações da Caoa Chery, o Tiggo 2e pode acelerar de 0 a 100 km/h em 9,3 segundos e chegar a 151 km/h.

O SUV elétrico, que é vendido na China como Tiggo 3e, tem nível de acabamento similar ao do carro feito pela Caoa Chery no País. O preço deverá ficar em torno dos R$ 100 mil.

Assim como o Arrizo 5e, o Tiggo 2e poderá ser feito em uma linha de montagem paralela à do “irmão” a combustão. Como isso significa menor volume de investimentos na planta de Jacarei (SP), é grande a chance de o modelo elétrico passar a ser feito ainda neste ano.


A Caoa Chery, contudo, não confirma a produção do SUV elétrico no País. De acordo com executivos da empresa, há um estudo em andamento, mas nada está fechado até agora.

Prós

Posicionamento de mercado


Se vier mesmo por cerca de R$ 100 mil, modelo será o SUV elétrico mais barato do Brasil.

Contras

Equipamentos


No carro avaliado não havia sistema de ajuste do nível de recuperação das forças de frenagem nem câmera na traseira.

Ficha técnica

Chery Tiggo 2e

Preço (estimado): R$ 100 mil


Motor: elétrico síncrono de imãs permanentes

Potência: 95 Kw (cerca de 130 cv)

Torque: 18,1 mkgf


Aceleração de 0 a 100 km/h: 9,3 segundos

Velocidade máxima: 151 km/h

Comprimento: 4,2 metros


Largura: 1,76 metro

Distância entre os eixos: 2,56 metros

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.