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Avaliação: Mitsubishi Pajero Sport encara qualquer caminho
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Avaliação: Mitsubishi Pajero Sport encara qualquer caminho

Mitsubishi Pajero Sport tem motor turbodiesel, tração 4x4 e sete lugares, e vem para enfrentar Chevrolet Trailblazer e Toyota SW4

Hairton Ponciano Voz

29 de abr, 2019 · 6 minutos de leitura.

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Mitsubishi Pajero Sport leva sete pessoas e tem motor 2.4 turbodiesel de 190 cv e 43,9 mkgf.
Crédito:Tom Papp/Divulgação

Misture pedras, buracos, aclives desafiadores e descidas escorregadias. Acrescente um pouco de poeira e adicione lama a gosto. Quem gosta de trilhas costuma ter preferências meio estranhas. Uma das frases recorrentes entre os praticantes de off-road é a que diz que, “quanto pior o caminho, melhor”. Visto sob essa ótica, o roteiro escolhido pela Mitsubishi para lançamento do novo Pajero Sport foi um prato cheio. Reuniu todos esses ingredientes em um dia inteiro de maus caminhos.

O roteiro que começou em Mogi Guaçu, no interior de São Paulo, cruzou a divisa com Minas Gerais e foi até Poços de Caldas, antes de voltar ao ponto inicial. No caminho, subiu até o Pico do Gavião, a 1.500 metros de altitude. A maior parte do caminho foi feita por terra.

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O Pajero Sport tem sete lugares, tração 4×4, motor 2.4 turbodiesel e está chegando às lojas por R$ 265.990. Importado da Tailândia, o modelo chega mirando no Toyota Hilux SW4 (a partir de R$ 259.560) e no Chevrolet Trailblazer (R$ 231.990) – considerando-se os modelos com motor diesel e sete lugares.


+ L200 Triton ganha preparação profunda

Castigamos o Pajero Sport por cerca de cinco horas em todo tipo de terreno, por mais de 200 km, e ele não nos castigou de volta. O modelo alia conforto por dentro (incluindo até um pouco de luxo) e alta capacidade off-road por baixo.


Graças à eletrônica (que gerencia a tração) e à robustez (como a picape L200 Triton, o modelo utiliza chassi sobre longarinas), o Pajero Sport é capaz de encarar os piores caminhos. De acordo com o supervisor de Planejamento da Mitsubishi, Fabio Maggion, mesmo que apenas uma das rodas tenha tração, o carro é capaz de sair sozinho da situação. Tudo isso graças aos vários modos de tração, que incluem tração 4×4 (alta e reduzida) e bloqueio de diferencial. As mudanças são feitas por um controle giratório no console, e algumas (de 4×2 para 4×4, por exemplo), podem ser feitas a até 100 km/h.

O motor 2.4 turbodiesel de quatro cilindros rende 190 cavalos de potência e 43,9 mkgf de torque. Ele dá boa agilidade ao SUV de 2.095 kg. O carro é rápido no asfalto e mostra muita força fora de estrada. O câmbio automático tem oito marchas. Como no esportivo Lancer Evo, há enormes hastes de magnésio para trocas manuais no volante. As duas primeiras marchas são bem reduzidas, para melhorar o desempenho no fora de estrada. Uma das características do motor é o baixo nível de vibração e ruído. De acordo com Maggion, isso se deve à baixa taxa de compressão, de apenas 15:1.

Pajero Sport é melhor vindo do que indo

Em termos visuais, o Pajero Sport é melhor vindo do que indo. De frente e de lado (até a porta traseira), o modelo agrada, mas a parte traseira gera muitas críticas, principalmente por causa do desenho das lanternas. O conjunto ótico é de LED, e há uma profusão de cromados pela carroceria, incluindo maçanetas e corpo dos retrovisores.


O acabamento interno é bom, mas, apesar das texturas bem trabalhadas no painel, a superfície é rígida. Há teto solar e central multimídia com tela de 7″. O controlador de velocidade é adaptativo (acompanha o ritmo do trânsito).

Os bancos têm couro franzido de bom aspecto, mas somente o do motorista conta com ajustes elétricos. Da mesma forma, apenas a janela do condutor dispõe de comando “um toque” para subida e descida totais. Há saída de ar-condicionado para a traseira, mas a terceira fileira de bancos é indicada somente para crianças. O rebatimento dos bancos pode ser feito por teclas na lateral do porta-malas.


No quesito segurança, há frenagem automática e nove air bags. De acordo com a Mitsubishi, os sacos infláveis do tipo cortina estendem-se até a terceira fileira de bancos, razão pela qual na conta da montadora há 11 air bags.

De acordo com Fabio Maggion, a expectativa da Mitsubishi é vender cerca de 250 unidades do modelo por mês.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.