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JAC promete lançar quatro modelos elétricos no Brasil
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JAC promete lançar quatro modelos elétricos no Brasil

SUVs iEV20 e IEV40, picape iEP 330 e caminhão iET 1200 serão lançados no Brasil em setembro

Tião Oliveira

16 de mai, 2019 · 7 minutos de leitura.

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JAC iEP 330
JAC iEP 330
Crédito:JAC/Divulgação

A JAC Motors lançará quatro veículos elétricos no Brasil, simultaneamente, em setembro. Do menor para o maior, são dois SUVs ­- o subcompacto iEV20 e o compacto iEV40 -, a picape média iEP 330 e o caminhão iET 1200 (os nomes são provisórios).

É o que promete o empresário brasileiro Sergio Habib, representante da marca chinesa no País.

O iEV 20 tem 3,77 metros de comprimento, 1,685 m de largura e 1,57 m de altura. A distância entre os eixos é de 2,39 m. Para comparação, o modelo chinês é 9 cm mais comprido e tem 2 cm a mais no entre-eixos que um Renault Kwid.

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JAC iEV20
iEV 20 (Foto: JAC/Divulgação)

 

 


O motor elétrico gera o equivalente a 68 cv de potência e 22 mkgf de torque.A capacidade máxima das baterias é de 43 kWh. A autonomia pode chegar a 320 km, de acordo com dados da fabricante. No Brasil, o carrinho deverá custar cerca de R$ 120 mil.

O compacto iEV 40 tem 4,13 de comprimento, 1,75 m de largura, 1,57 me de altura e entre-eixos de 2,49 m. O chinês é 14 cm mais curto e tem entre-eixos 3 cm mais curto que o de um Ford EcoSport. O modelo deverá ter preço em torno de R$ 150 mil.

A capacidade das baterias chega a 40 kWh e a autonomia, a 300 km, de acordo com dados da fabricante. O motor elétrico produz o equivalente a 115 cv de potência e 27 mkgf de torque.


JAC tem picape inédita

A iEP 330 Pickup é o primeiro modelo do tipo no mundo, segundo informações de Habib. O número no nome da picape se refere ao torque, de cerca de 33 mkgf.

Habib afirma que pretende vender a picape a clientes empresarias, para uso em manutenção de redes elétricas e de TV a cabo, por exemplo. Ainda não há informações sobre preços.

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Como não será voltado ao consumidor final, o modelo deverá ter acabamento bem simples. Trará, contudo, equipamentos como ar-condicionado e central multimídia.

As dimensões são generosas. O comprimento é de 5,6 metros e o entre-eixos, de 3,38 m (respectivamente, 25 cm e 16 cm a mais que uma Ford Ranger, por exemplo). A largura é de 1,83 m e a altura, de 1,84 m.

A capacidade máxima das baterias da iEP 330 é de 67 kWh. Isso garante autonomia de cerca de 300 km, de acordo com dados da JAC Motors. A potência gira em torno dos 150 cv.


Caminhão da JAC precisa de lei específica

O caminhão elétrico da JAC também terá público restrito. Segundo Habib, como ainda não há modelos do tipo à venda no Brasil, será preciso conversar com as prefeituras para que sejam criadas leis que garantam benefícios às empresas que comprem esse tipo de caminhão. “Imagine um caminhão que não faz barulho prestando serviços em uma cidade como São Paulo, por exemplo. É uma vantagem e tanto”, afirma o empresário.

JAC iET 1200
iET 1200 (Foto: JAC/Divulgação)

 


O iET 1200 não e um VUC, sigla de Veculo Urbano´de Carga, um tipo de caminhão voltado ao uso em áreas urbanas, sobretudo as grandes cidades. São 6,0 metros de comprimento (apenas 40 cm a mais que a picape), 2,15 m de largura, 2,35 m de altura  e 3,37 m de entre-eixos.

A capacidade máxima das baterias é de 97 kWh e a autonomia chega a 200 km. O motor elétrico gera o equivalente a 177 cv de potência e 120 mkgf de torque.

Mercado restrito

O segmento de veículos eletrificados (híbridos e elétricos) ainda é pequeno no Brasil. No ano passado, por exemplo, foram vendidos 176 modelos elétricos e plug-in (recarregado na tomada) no País, segundo dados Anfavea, associação que reúne as montadoras.


O caminhão da JAC logo ganhará um concorrente de peso. Desde o ano passado a Volkswagen testa no Brasil um modelo elétrico desenvolvido no País que está sendo utilizado na distribuição de bebidas. Segundo informações da fabricante, a produção em larga escala terá início em 2020 e a expectativa é que sejam vendidas 1.600 unidades até 2023.

Colaborou: Cleide Silva

 


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”